
Infeliz é a cidade e o povo que precisam do Poupatempo Móvel
Assistindo matéria na televisão e lendo no Diário Oficial de Guarujá sobre os “benefícios” do Poupatempo, eu e minha esposa fomos até a Praça 14 Bis para retirar o CPF do nosso filho.
Logo na chegada, notei desorganização. Achei melhor desistir, mas minha esposa insistiu.
Após uma migração por vários setores, conseguimos a informação de qual era o local e a fila para o CPF.
Enquanto ela estava regularmente na fila, conversei com várias pessoas que usavam ou tentavam se utilizar da prestação de serviço do Estado. Não estavam satisfeitas.
Visando avaliar a veracidade dos relatos e a qualidade dos serviços, perguntei para dois funcionários da PMG, sobre o procedimento para a retirada de Carteira de Identidade, o RG (já possuo o documento).
Como os dois não souberam me informar, indicaram outra servidora. De forma afobada, ela me disse os documentos necessários: Anotei tudo.
O que estranhei, além do tratamento grosseiro, é que ela mesma disse “depois é só ficar nesse filão imenso”.
Perguntei o nome dela, pois seu crachá estava indevidamente fixado na cintura, virado ao contrário. Ela disse se chamar Sandra.
Inconformado com a resposta dela, repeti: então é só apresentar os documentos e ficar “nesse filão imenso”.
Ela repetiu a frase, se apresentando como coordenadora do Poupatempo e disse que não era funcionária nem do Estado nem da PMG. Estranho.
Nesse momento, ela perguntou quem eu era. Então, disse que era um cidadão da imprensa e advogado na cidade.
Nesse momento, a fisionomia dela mudou e, alterada, disse que “se eu era jornalista, tinha que falar com a assessoria de imprensa da PMG” e que eu não poderia fotografar nada.
Conhecedor dos meus direitos, não só fotografei tudo como continuei a entrevistar populares (tenho nomes, endereços e telefones).
O que encontrei? Morosidade, gente que ficou na fila desde as quatro horas da manhã para pegar senha, gente que não conseguiu senha, insatisfação, decepção, falta de respeito e de educação com os munícipes.
O vizinho município de Santos tem Poupatempo, mas lá, ele não é móvel, é fixo. funciona o ano inteiro atendendo com dignidade a população.
Guarujá precisa dessa humilhação do serviço móvel. A cidade já perdeu postos da Receita Estadual, Federal e de vários outros serviços públicos essenciais para a população e empresários.
Infeliz é a cidade que precisa de Poupatempo Móvel, afinal, é a constatação da incompetência e falência do Estado e do Município no atendimento aos direitos essenciais dos seus cidadãos.
É esse tipo de funcionário e serviço que a prefeita Maria Antonieta e o governador José Serra querem dar para a população? A própria funcionária reconhece o fracasso do serviço devido ao “Filão” imposto ao morador e ninguém faz nada? E essa funcionária, trabalha para quem?
Ah. quanto ao CPF do meu filho, o funcionário pediu para minha esposa “voltar outro dia”. Quanto absurdo.
O advogado Welinton Andrade Silva é coordenador do PSDC na Macro Região da Baixada Santista, membro titular dos diretórios estadual e nacional do partido e ex-secretário da Cultura
welintonandrade@hotmail.com – (13) 9716.5052
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