''OAB-SP se esqueceu do advogado''
Principal adversário de Luiz Flávio Borges D’Urso, Fragoso critica a condução da Ordem em questões polêmicas nos últimos anos, como o fim da Carteira de Previdência dos Advogados, administrada pelo Ipesp, e o impasse em torno do convênio de Assistência Judiciária com a Defensoria Pública, que é mantido graças a uma liminar da Justiça Federal.
“Mais de 48 mil advogados no estado de São Paulo recebem um valor absolutamente injusto, vil e isso também não foi enfrentado nesses seis anos pelo atual presidente. Na verdade, o presidente ficou submisso aos interesses do Estado, ele não enfrenta o Governo do Estado”, ataca. “A OAB paulista na atual gestão deixou de defender o advogado”.
Uma de suas principais bandeiras de campanha é a redução da anuidade paga pelos advogados, hoje a mais cara do país. No entanto, ele não se compromete com o valor dessa redução. “Primeiro eu preciso saber a realidade das contas da Ordem. Eu não posso dizer quanto vou reduzir, sem realizar uma grande auditoria, que possibilite o enxugamento da máquina. E é isso que eu pretendo fazer, uma administração enxuta”.

Ordem tem que ser corporativa, diz Hermes Barbosa
Os advogados não têm sindicatos ou o Estado para agir em sua defesa e, portanto, a entidade que os representa tem que ser corporativa. Para o advogado Hermes Barbosa, 61 anos e candidato pela segunda vez ao cargo de presidente da seccional paulista da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), a Ordem tem que ser política, mas não partidária.
Entre as propostas de Barbosa, que se define como católico praticante, estão a desoneração da classe, a criação do selo OAB-SP, o corte de gastos supérfluos e a realização de maior número de cursos gratuitos na ESA (Escola Superior de Advocacia).
“O presidente D’Urso vem a público dizer que a Ordem tem um superávit de R$ 60 milhões. A OAB não é empresa privada que tem dar lucro. É uma instituição que tem que prestar serviços. Tem que arrecadar de acordo com o serviço que presta”, diz o candidato.
Para ele, que já foi presidente do Conselho da Carteira de Previdência dos Advogados de SP, afirma que a sanção da lei sobre a carteira dos advogados, dada como uma vitória pela atual gestão, foi um golpe mortal para os advogados. “Não podemos aceitar que o presidente da seccional diga que foi uma vitória quando sequer o jovem pode se inscrever na carteira. Ele tenta ludibriar a inteligência dos seus colegas, dizendo que foi uma vitória. Uma coisa que tem 60 anos, ele coloca em regime de extinção e diz que ganhou o que?”, enfatiza.
Essa é a segunda tentativa do mais jovem dos candidatos, com 33 anos. Nas eleições para o cargo em 2006, quando o atual presidente da OAB-SP Luiz Flávio Borges D’Urso foi reeleito, Leandro Pinto ficou em terceiro lugar e obteve 4.105 votos, ou seja, 3,27% do total registrado - com 3,6% dos votos válidos.

''Sem força na sociedade, advocacia caminha para a extinção''
“A OAB está afônica”. É assim que o advogado Leandro Pinto, que concorre à presidência da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil, define a situação da entidade. “A advocacia está no fundo do poço. Se não mudarmos isso, a nossa profissão será exterminada”, afirma o mais jovem dos quatro candidatos ao cargo para presidir a mais importante seccional e com maior número de advogados inscritos do país.
Com críticas à tentativa de D’Urso de se eleger ao terceiro mandato, o especialista na área cível e comercial é enfático ao defender o fim do empobrecimento dos advogados. “O advogado tem que ganhar bem. Se não ganhar bem não adianta prerrogativa. A prerrogativa dele é quanto ele tem no banco”, diz.
Para ele, que afirma que não irá concorrer à reeleição se for eleito, a advocacia não tem lobby e por isso vem perdendo toda a sua força social.
Entre suas principais propostas, focadas na “humanização” da classe, estão a diminuição da anuidade para R$ 350, criação de uma linha de crédito para os advogados, a revisão das terceirizações na entidade, a internacionalização da OAB-SP, a implantação de escritórios virtuais e a criação do Hospital do Advogado. Tudo isso por meio de uma “gestão de transparência” na Ordem, com todas as contas e notas fiscais na Internet.
Fonte: Ultima Instância
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A Equipe dos Inconfidentes do Guarujá agradece suas criticas ou comentários. Continuem participando.