A PRAINHA CONTINUA VIVENDO DE PROMESSAS
MAS O SUCESSO É DO ZECA PAGODINHO...

Comunidade Carente
Eu moro numa comunidade carente
Lá ninguém liga prá gente
Nós vivemos muito mal
Mas esse ano nós estamos reunidos
Se algum candidato atrevido
For fazer promessas vai levar um pau
Vai levar um pau prá deixar de caô
E ser mais solidário
Nós somos carentes, não somos otários
Prá ouvir blá, blá, blá em cada eleição
Nós já preparamos vara de marmelo e arame farpado
cipó-camarão para dar no safado que for pedir voto na jurisdição
É que a galera já não tem mais saco para aturar pilantra
Estamos com eles até a garganta
aguarde prá ver a nossa reação
A Prefeita Maria Antonieta de Brito nas vésperas do aniversário de emancipação de Guarujá, inundou o bairro da Conceiçãozinha com panfletos “Carta Aberta à População”, ressalve-se de alta qualidade gráfica e baixa qualidade política.
O panfleto denominado ATITUTE EXPRESSO PMDB, falava da relação da prefeita e sua luta pelos moradores dos bairros da Prainha e Conceiçãozinha. Na época repudiamos o panfleto, mostramos a realidade e passados sete meses veículos de comunicação mostram a verdadeira realidade:
Moradores de bairro do Guarujá agonizam às margens da riqueza do Porto de Santos.
Fonte: Porto Gente
Um cenário desolador. Infelizmente, o ano de 2010 começa do mesmo jeito para os moradores da Prainha, em Guarujá (SP). Problemas de infraestrutura e o ônus de ser vizinho do Porto de Santos tornaram-se rotina para as mais de 3,2 mil famílias que habitam o local. O dinheiro prometido pelo Governo Federal para a urbanização da favela ainda não foi empregado. Assim, a consequente remoção de 1,6 mil famílias que vivem ao lado do Terminal de Exportação de Veículos (TEV) até agora não aconteceu.

Um dos mais indignados com a demora do Poder Público em resolver a situação do bairro é o presidente da União dos Moradores da Prainha, Carlos Alberto de Souza. Se em 2007 ele era um dos mais esperançosos com a visita que os ministros dos Portos, Pedro Brito, e das Cidades, Márcio Fortes, fariam ao local, 30 meses depois a decepção é o sentimento estampado em seu rosto. Souza não se conforma com a continuidade de riscos como os trens, que trafegam lotados de cargas e passam a centímetros de distância dos barracos, em um risco enorme de acidentes.
“São mais de R$ 100 milhões que estavam inseridos no projeto Favela Porto-Cidade e que ajudariam a resolver a situação da Prainha. O problema é que o dinheiro não foi usado até agora e a situação continua na mesma. Com a troca de prefeitos em Guarujá em 2009 eu achei que as obras fossem andar, mas até agora, na prática, a gente só regrediu. É uma questão de compromisso e honra. Eu herdei uma luta do meu pai e cresço lutando. A solução está na mão e não sai. Meu medo é que nada mude e percamos vidas na Prainha”.
De fato, os trens continuam passando pertinho das janelas dos barracos montados às margens da linha férrea. Crianças seguem surfando sobre os vagões. Em julho de 2009, vagões da concessionária ALL carregados de milho foram saqueados por bandidos. As palafitas estão construídas na boca do Canal do Estuário, com famílias inteiras vendo navios entrarem e saírem do Porto de Santos como se isso fosse a coisa mais natural do mundo. E para eles, é. O desenvolvimento não chega, as famílias não são removidas e começa um ano de eleições presidenciais.
E é justamente este último ponto que deixa o diretor da União dos Moradores da Prainha, Joel José da Silva, mais preocupado. “Vamos só ver as promessas deles na campanha eleitoral. Falam e falam, mas se amanhã descarrilar um trem na Prainha, quem vai pagar a tragédia? Se ocorrer um incêndio também será uma calamidade. O que acontece é que estão fazendo topografia em cima de topografia, gente vem aqui toda semana coletar dados, mas nenhuma casa é reconstruída, nenhuma calçada é refeita e o esgoto continua sendo lançado no Porto”.
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