quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

VERGONHA NACIONAL!




Local Quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
OPERAÇÃO VERÃO NO GUARUJÁ
Litoral vira purgatório para policiais de Franca

Policiais deslocados para trabalhar no litoral de São Paulo durante a Operação Verão estão revoltados com a falta de estrutura oferecida. Militares e civis não pouparam críticas aos alojamentos e à qualidade da comida servida ao policiais. O descontentamento é tanto que associações de defesa da classe pretendem fazer uma vistoria nas cidades atendidas para verificar as condições.


A Operação Verão foi lançada pelo governo do Estado no dia 28 de dezembro e se estenderá até o fim do Carnaval com o objetivo de garantir a segurança de moradores e turistas que estiverem no litoral. São cerca de 3,3 mil policiais a mais em todas as cidades litorâneas.


De Franca, seguiram 40 homens das Polícias Civil e Militar. Estão alojados em escolas e colônias. São 14 cabos da PM, delegados, escrivães e investigadores. Os militares ficarão o tempo todo fora, enquanto os civis vão se revezar a cada 15 dias. “Não tivemos opção de escolha. Todos os que estão fazendo a escola de sargento tiveram de ir. Foi uma determinação”, disse um cabo que pediu anonimato temendo represálias.


Todos os militares de Franca destacados para a Operação Verão estão servindo no Guarujá. Eles ficaram alojados na Escola “Almeida Júnior”, junto com outros 350 policiais. É lá que está o foco do problema. No começo da semana, os jornais Cidade de Guarujá e A Estância de Guarujá publicaram reportagens denunciando a falta de higiene da cozinha que prepara a refeição dos policiais. De acordo com os relatos, o local foi improvisado com divisórias de madeira, as panelas são mal conservadas e o chão é de terra. A Prefeitura do município firmou um contrato com um restaurante local no valor de R$ 1,6 milhão para servir a comida. Boa parte da tropa estaria com virose.


O policial francano ouvido pela reportagem do Comércio confirmou as denúncias e disse que o problema não se resume à alimentação. “Não são apenas os policiais de Franca. Todos estão revoltados. São 350 homens distribuídos nas salas de aulas. Algumas abrigam 16 policiais. Lá dentro tem apenas a cama, o colchão e mais nada. Até a roupa de cama tivemos de levar”.


Ainda de acordo com o cabo da PM, três banheiros foram adaptados e receberam 14 vasos sanitários para atender todo o efetivo concentrado no local. “Colocaram tapumes de madeira no chão ao lado do vaso e instalaram chuveiros para que pudéssemos tomar banho”. Os policiais cumprem escalas de oito horas e fazem policiamento a pé em toda a orla.


Trabalham cinco dias seguidos e folgam dois. É quando retornam para suas cidades de origem para visitar os familiares. “Só Deus sabe quando vamos receber por este serviço”.


O descontentamento não é apenas dos militares. Entrevistado por celular, um policial civil de Franca que está em outra cidade do litoral também fez reclamações. “Divido o meu quarto na colônia com outros seis policiais. Dormimos em beliches. Não nos deram sequer repelentes contra insetos e nem bloqueador solar. Como ficamos muito tempo na rua, tive que comprar. Não temos diária. Vou entrar com ação para tentar receber depois. Até parece que não faltam policiais em Franca”.


Para o policial, também falta estrutura nas delegacias. “Os titulares tiraram férias e só estamos nós na delegacia. Como não conhecemos a cidade, não temos como ajudar a população”. A falta de efetivo é a principal reclamação da Polícia Civil de Franca. Faltam delegados, investigadores e escrivães. Quase duas dezenas deles foi trabalhar na praia.



Local Quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Comando da PM admite diarreia em 5% da tropa

Em nota divulgada à imprensa ontem, a Polícia Militar confirmou a existência de casos de diarreia entre a tropa presente no litoral, 5% do efetivo está doente e disse que irá apurar todas as denúncias.


O capitão Sérgio Marques, responsável pela assessoria de imprensa da Polícia Militar, informou que acionaria a unidade do Guarujá para saber em que condições os policiais estão trabalhando. “Vamos instaurar algum procedimento para verificar a situação. Se for do jeito que nos foi passado, não está legal. É evidente que não está. Dependendo do que for apurado, se a alimentação estiver fora dos níveis do padrão de higiene, poderemos recomendar a suspensão do contrato”.


Os oficiais do 15º Batalhão de Polícia Militar, sediado em Franca, desconheciam a situação relatada pelos policiais abrigados na escola pública do Guarujá. O coronel Brandão explicou que a área que estão servindo não é de sua atribuição e encaminhou aos fotos enviadas pelos policiais e os relatos dos problemas para o comando em São Paulo.


A nova diretoria da Adpesp (Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo) formou uma comissão para averiguar as condições da Operação Verão. “Temos recebido muitas reclamações. São queixas relacionadas a alojamentos, alimentação e falta de estrutura. Estamos registrando os locais mais problemáticos e vamos encaminhar um grupo às cidades para checar de perto o que está acontecendo. Se comprovarmos as denúncias, vamos tomar providências”, disse Alan Bazalha Lopes, secretário geral da entidade.


Fonte: www.comerciodafranca.com.br

2 comentários:

  1. Em Caraguatatuba tambem não esta diferente 16 policiais dividem uma sala de aula para dormir e só existe dois banheiros para 140 homens uma vergonha....Alguém nos ajude

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  2. Uma vergonha, é isso que eu digo aos que são responsaveis em organizar e receber estes policiais que sairam de suas cidades deixando seus familiares para dar segurança para turistas e moradores e ficarem em lugares precários como relatado em Guaruja e Caraguatatuba cadê o comandante desses policiais???? será que ele tbem está dormindo nas escolas e tomando banho nesses banheiros

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