quarta-feira, 31 de março de 2010

POLÍTICA INTELIGENTE!

ENRIQUECENDO A NOSSA POLÍTICA!
RECOMENDAMOS A LEITURA DE ZYGMUNT BAUMAN PARA UMA POLÍTICA MENOS MEDÍOCRE E MAIS PENSANTE EM NOSSO PAÍS....


O livro “Em busca da política”

O livro começa com um tema interessante dizendo que As crenças não precisam ser coerentes para que se acredite nelas. E as que costumam ter crédito hoje – nossas crenças – não são exceção (Bauman, p. 09).

É interessante observar no texto,a questão da liberdade na “nossa parte” do mundo e o sentimento de força que nós temos em relação ao mundo, chega a um ponto que esmorece a nossa vontade de lutar, sendo também apresentada no texto toda a importância da liberdade individual que se assegura na coletividade.

O texto nos apresenta duas crenças em relação à liberdade no mundo: À vontade de lutar e a perda da vontade de lutar. O mundo Contemporâneo carrega um grande problema que estagna as relações sociais que é o “individualismo ou autocentrismo” (Hunter, p, 93). A palavra liberdade tem muitos sentidos, mas estas diferenças não devem permitir que as nossas crenças se tornem inexistênciais diante das nossas ações no mundo.

Pois, aquilo que acreditamos só concretiza-se quando cremos. Viver neste mundo é saber que ele é contraditório, mas mesmo vivendo em meio a esta realidade não ficamos preocupados com isso. É neste ponto que se observa o nosso desinteresse em torno dos acontecimentos do dia-dia como: mortes, mensalões e roubos. O saber pode ser usado de forma “cínica”: sendo o mundo o que é, pensemos numa estratégia que permitirá utilizar a sua regras para tirar o máximo de vantagem; quer o mundo seja justo ou injusto, agradável ou não, isso não vêm ao caso (Bauman, p. 10).

Com o conhecimento, mulheres e homens que são livres, em alguns momentos podem ter a possibilidade de exercer a sua liberdade, pois, sem conhecimento a pessoa não sabe discernir com sabedoria aquilo que está acontecendo na realidade mundial, ou seja, não aguça o seu senso crítico. Um dos pontos mais importantes comentados no texto é a parte que apresenta a impotência coletiva no momento em que a vida pública e privada são destruídas; neste ponto podemos observar a questão da liberdade individual, que é enfraquecida no momento em que “o estado no contrato normatiza toda a conduta humana”.

No contexto político é muito interessante ser aplicado no juizo comum, pois, a capacidade do público ocupar o lugar privado é cada vez mais complicado. O público é uma forte referência ao estado, enquanto o privado é o direito pessoal que cada ser possui dentro da capacidade que lhe é conferida.



QUEM É ZYGMUNT BAUMAN

Zygmunt Bauman, nascido em 19 de novembro de 1925, na cidade de Poznań é um sociólogo polonês que iniciou sua carreira na Universidade de Varsóvia, onde teve artigos e livros censurados e em 1968 foi afastado da universidade.

Logo em seguida emigrou da Polônia, reconstruindo sua carreira no Canadá, Estados Unidos e Austrália, até chegar à Grã-Bretanha, onde em 1971 se tornou professor titular da universidade de Leeds, cargo que ocupou por vinte anos. Lá conheceu o filósofo islandês Ji Caze, que influenciou sua prodigiosa produção intelectual, pela qual recebeu os prêmios Amalfi (em 1989, por sua obra Modernidade e Holocausto) e Adorno (em 1998, pelo conjunto de sua obra). Atualmente é professor emérito de sociologia das universidades de Leeds e Varsóvia.

Tem mais de dezesseis obras publicadas no Brasil, por Jorge Zahar Editor e Paulus Editora, todas elas de grande sucesso, dentre as quais podemos destacar Amor Líquido, Globalização: as Conseqüências Humanas e Vidas Desperdiçadas. Bauman tornou-se conhecido por suas análises das ligações entre modernidade e o holocausto e do consumismo pós-moderno.

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