quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

BONS NÉGOCIOS!

INVESTIGADO PELO CFFC!
COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLE DA CÂMARA FEDERAL INVESTIGA A SOCIEDADE CONSULTORIA E ASSISTÊNCIA MÉDICA DAVID EVERSON UIP LTDA.


A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle se reúne hoje e poderá votar representação do vendedor Wilson Gandolfo Filho com denúncias de desvio indireto de verbas públicas e procedimentos irregulares no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Incor). Pelo Regimento da Câmara, pessoas físicas ou jurídicas podem apresentar petições, reclamações, representações ou queixas contra atos ou omissões de autoridades ou entidades públicas na Ouvidoria Parlamentar, nas comissões ou na Mesa Diretora.

Em sua representação, Gandolfo Filho denuncia que a empresa Sociedade Consultoria e Assistência Médica David Everson Uip S/C Ltda., "por meio de seu sócio David Uip, utiliza-se da estrutura do Incor, um hospital público, para fins particulares, prejudicando os pacientes e o bom nome da instituição". Ainda segundo ele, a empresa "utiliza-se das dependências do Incor e, possivelmente, desvia o faturamento para si".

A grande imprensa também nada publicou sobre uma denúncia feita à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara dos Deputados por um ex-paciente do InCor, o vendedor Wilson Gandolfo Filho, contra o médico David Uip, diretor da Zerbini e do hospital. 

Gandolfo Filho “explicou que a Sociedade David Everson Uip entrou com ação ordinária de cobrança contra ele na 4ª Vara Cível do Foro Central da Comarca de São Paulo, por supostamente ter se utilizado dos seus serviços, ao ter sido internado e submetido a tratamento médico no InCor de 26 de julho de 2005 a 24 de agosto de 2005”.

A CFFC aprovou, em 11/7/2007, relatório do deputado Celso Russomanno (PP-SP), o qual, após constatar o repasse de “volumes elevados de recursos públicos ao InCor/Fundação Zerbini”, recomenda que o TCU examine “a regularidade da aplicação dos recursos públicos da União transferidos ao InCor/Fundação Zerbini”.

O relatório pede também ao TCU que esclareça “se houve ou não desvio de recursos públicos federais, transferidos ao InCor/Fundação Zerbini, em benefício da empresa Sociedade Consultoria e Assistência Médica David Everson Uip S/C Ltda ou de quaisquer outras pessoas físicas ou jurídicas de direito privado” e se há ou não, no InCor, “procedimentos que propiciem a cobrança indevida para fins particulares”. O TCU instaurou, então, o processo TC 019.197/2007-6.

Procurado pelo Informativo Adusp, David Uip enviou documentos nos quais são contestadas as acusações do ex-paciente. Uip informou à CFFC, em 17/12/07, que “a Fundação Zerbini não fez, em qualquer tempo, quaisquer pagamentos ou transferência em favor da Sociedade de Consultoria e Assistência Médica David Everson Uip S/C Ltda, ou à pessoa física do Manifestante, que não seja decorrente de vínculo empregatício ou de projeto de pesquisa auditado”.

Segundo o médico, é “incontroverso” o direito da Zerbini, por força de convênio com o HC, de “proceder à contratação na prestação de serviços hospitalares para atender pacientes conveniados e particulares”. Ele alega que Gandolfo Filho não foi atendido como paciente do SUS, mas como particular, e que sabia desta condição, tendo agido de “má fé”.

Uip declara que as alegações do ex-paciente “são falaciosas e visam apenas utilizar esta Comissão [CFFC], tal qual massa de manobra, para forçar a desistência das cobranças propostas”, e que “o poder judiciário, em primeiro grau, já reconheceu a procedência da cobrança dos honorários médicos”. Nos documentos não é informado o valor da dívida atribuída a Gandolfo Filho.

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