segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

CAFÉ DE PASTORES!

Carta Aberta à população do Guarujá

“Café de Pastores no Guarujá”

Ontem tive o desprazer de participar de um evento denominado “Café de Pastores” patrocinado mensalmente pela prefeita, onde o preletor afirmou que o “pecado não leva ninguém para o inferno, o que leva é a incredulidade”.

Ou seja, basta crer e fazer o que quiser! É lamentável.

Mais lamentável ainda é ouvir da prefeita que devemos aguardar a volta do “menino” Jesus.

É demais!

Você querer fazer um encontro ecunêmico e cada um professar a sua fé, faz parte da boa convivência, mas chamar isso de “Café de Pastores” com o nítido objetivo político de tentar manipular àqueles menos avisados é um insulto a inteligência alheia.

O mais trágico de tudo isso é que a mesma prefeita que se esforça em ter um discurso cristão, persegue instituições e pessoas simplesmente por não estarem alinhados politicamente com o seu “grupinho”.

Demitiu o médico Valter Suman do Hospital Santo Amaro, que atendia como profissional neste hospital há aproximadamente 20 anos; vereador eleito por duas vezes e candidato a prefeito para as próximas eleições.

Cortou a subvenção da Thalita Cumi, instituição da nossa cidade que cuida de pessoas vitimadas pelo uso abusivo de drogas que há mais de 5 anos vem prestando serviços nesta área; instituição reconhecida como de utilidade pública pela Câmara de Vereadores de Guarujá.

Qual a verdadeira motivação da senhora prefeita?

O presidente da instituição, Rogério da Cunha, decidiu participar do próximo pleito como candidato a vereador pelo mesmo partido do senhor Valter Suman (PSD).

O mais nojento de tudo isso é que na noite da reunião para filiação partidária, o senhor Rogério da Cunha, recebeu uma ligação telefônica do “grupinho” para um encontro com a prefeita que tentou de todas as maneiras demovê-lo desta idéia; sem sucesso.

A retaliação não tardou: Corte na subvenção da instituição que atualmente cuida de 25 vidas e que já atendeu durante todos os anos de sua existência, mais de 1.000 pessoas, muitas das quais totalmente recuperadas deste mal que assola toda a população.

O discurso da prefeita é cristão mas a atitude é de uma genocida!

Enquanto a nossa presidenta, senhora Dilma Roussef, sensível ao problema das drogas, destinou R$ 4 bilhões para combater o crack e demais drogas e também para estruturar o atendimento e internação destas pessoas, a prefeita da cidade do Guarujá, por pura maldade, egoísmo e perseguição política, corta a subvenção para esta instituição, prejudicando famílias e decretando morte para aqueles que estão em pleno atendimento na Thalita Cumi.

Pais, líderes comunitários, autoridades, sociedade em geral prestem atenção aos desmandos que vem acontecendo na nossa cidade.

Estamos vivendo em pleno século 21 o coronelismo vivido no Nordeste do passado e que ainda hoje há resquícios desta tática podre chamada “voto de cabresto”.

Chega desta prática repugnante, precisamos de líderes e políticos com visão pública!


Guarujá, 11 de dezembro de 2011 

Carlos Takeo Tomita
Pastor e cidadão Guarujaense


O voto de cabresto é um sistema tradicional de controle de poder político através do abuso de autoridade, compra de votos ou utilização da máquina pública. É um mecanismo muito recorrente nos rincões mais pobres do Brasil como característica do coronelismo.

A figura do coronel era muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas regiões do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava. Era usado o voto de cabresto, onde o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo de violência para que os eleitores de seu "curral eleitoral" votassem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, para que votassem nos candidatos por ele indicados. O coronel também utilizava outros recursos para conseguir seus objetivos políticos, tais como compra de voto, votos fantasmas, troca de favores, fraudes eleitorais e violência.

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