GERALDO J. COAN E AS FRAUDES NA MERENDA ESCOLAR!
VEJAM AS EMPRESAS FORNECEDORAS DA ADMINISTRAÇÃO DA AUSTERIDADE QUE NÃO FREQUENTA AS PÁGINAS POLICIAIS!
VEJAM AS EMPRESAS FORNECEDORAS DA ADMINISTRAÇÃO DA AUSTERIDADE QUE NÃO FREQUENTA AS PÁGINAS POLICIAIS!
13/03/2012
MP denuncia que há cartel da merenda
Acusada fornece para Sorocaba; secretário explica que contrato local está em ordem e problema é fora
AGÊNCIA BOM DIA - jornalismo@bomdiasorocaba.com.br
“Testas de ferro”, dois advogados, um funcionário público e um falsário de documentos fiscais, empresários e executivos de empresas de fornecimento de merenda escolar – como a Geraldo J. Coan que fornece merenda para a Prefeitura de Sorocaba – estariam entre os 35 participantes do “cartel da merenda escolar” do Estado de São Paulo, segundo acusação do Ministério Público apresentada na última quarta-feira (mas que somente ontem se tornou pública). A denúncia foi feita pelos promotores de Justiça do Gedec (Grupo Especial de Combate aos Delitos Econômicos) e da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social.
Foram denunciados os empresários Eloíso Afonso Gomes Durães, da SP Alimentação; Valdomiro Francisco Coan e Geraldo João Coan, da J. Coan; Marco Aurélio Ribeiro da Costa, da Sistal; Sérgio De Nadai e Fabricio Arouca De Nadai, da Convida, e Ignácio de Moraes Junior, da Nutriplus.
Foram quase quatro anos de investigação criminal, que teve iníciou em 2008, e os promotores explicam que a conclusão é a existência de um cartel. Segundo eles, esse cartel funcionava em um esquema sofisticado que contava com empresário líder, secretário, tesoureiro e pessoas responsáveis pela corrupção de funcionários públicos para fraudar concorrências públicas.
Sorocaba/ O secretário de Administração da Prefeitura de Sorocaba, Mário Pustiglione, informou nesta terça-feira (13) ao BOM DIA que não existe nada de errado no contrato da prefeitura e a Coan. Ele também explicou que a prefeitura soube pelo noticiário da imprensa da investigação contra a empresa J. Coan e em nenhum momento o MP abordou a prefeitura sobre o contrato.
Pustiglione informa que o TCE (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) apontou questões no contrato da Coan com a prefeitura, questões que ainda cabem recursos, mas que a prefeitura se adiantou e vai acatar a posição do TCE no processo licitatório em vigor para a contratação de uma nova empresa de fornecimento de merenda. O TCE já julgou irregular os contratos com dois Centros de Detenção Provisória, um hospital e oito prefeituras, como Piracicaba, São Caetano do Sul, Ribeirão Preto e Itu.
Gasto com merenda
A merenda escolar está dividida em dois lotes na Prefeitura de Sorocaba. Um lote é fornecido pela ERJ Administração e Restaurante de Empresas Ltda. no valor de
R$ 23.742.496,15. O outro lote é da Coan Pampas no valor de R$ 22.914.853,58. O que dá no total um gasto de R$ 46.6 milhões.
10
de abril é o prazo que as propostas da nova licitação da merenda devem ser entregues na Prefeitura
195 mil refeições
Por dia, a prefeitura serve 195 mil refeições para
188 mil alunos. A diferença de 7 mil refeições existe porque tem aluno que come mais de uma vez.
14/03/2012
Empresa de merenda de Itatiba é acusada pelo MP
Dois sócios da J Coan foram citados como integrantes da “Máfia da Merenda”; investigação durou 4 anos
AGÊNCIA BOM DIA
A empresa J Coan, a fornecedora de merenda escolar de Itatiba, é uma das denunciadas pelo Ministério Público Estadual (MPE) como integrante de um suposto cartel que atuava para vencer licitações públicas no fornecimento dos alimentos. Além de contrato com Itatiba, Campinas e até a capital paulista, têm merenda fornecida pela J Coan.
Segundo o site da Prefeitura de Itatiba, a empresa Geraldo J. Coan fornece o serviço de alimentação escolar para toda a rede de ensino local, desde creches até a Educação de Jovens e Adultos (Eja), entidades assistenciais, além de fornecer lanches e suco para projetos de educação complementar, Proerdi, Bombeiro Mirim e também para eventos da Secretaria da Educação.
A denúncia – apresentada na última semana - foi assinada pelo promotor Artur Pinto de Lemos, que integra o Grupo Especial de Combate aos Delitos Econômicos (GEDEC) e pela Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social. São acusadas de “graves delitos”, como definiu o MP, 35 pessoas entre elas sete empresários e 20 executivos de empresas de fornecimento de merenda escolar, seis “testas de ferro” [que emprestariam o nome para encobrir os reais envolvidos], dois advogados, um funcionário público e um falsário de documentos fiscais.
O MPE não divulgou a relação de cidades envolvidas na fraude, mas a denúncia é resultado de quatro anos de investigações. Há mais quatro empresas citadas, além da J Coan (por meio dos empresários Valdomiro Francisco Coan e Geraldo João Coan).
O Ministério Público diz que o “cartel mantinha um sofisticado sistema” de gerenciamento, com líder, secretário, tesoureiro e pessoas responsáveis pela corrupção de funcionários públicos para fraudar concorrências públicas. Segundo a denúncia, os empresários utilizavam códigos para contabilizar os pagamentos ilícitos a funcionários públicos, inclusive de outros Estados, bem como de várias empresas “fantasmas” – prestadores de serviços e fornecedores de hortifrúti.
O esquema tinha a participação de um escritório de advocacia, cuja função era blindar o patrimônio ilícito auferido pelos representantes da Geraldo J. Coan & Cia Ltda. Segundo os promotores, os advogados concorreram ativamente para criação de empresas fantasmas e auxiliaram ainda na movimentação financeira dos valores em suas contas bancárias. Os acusados poderão responder pelas práticas dos crimes de formação de cartel, fraude à licitação, corrupção ativa e passiva, quadrilha e lavagem de dinheiro.
sem resposta / A Prefeitura de Itatiba foi procurada pelo BOM DIA para comentar detalhes do contrato, como valor total e data de vencimento da prestação do serviço.
Até o fechamento desta edição, no entanto, não houve resposta. Prefeituras da região emitiram suas posições via assessoria de imprensa. Em Itupeva, “O Tribunal de Contas do Estado aprovou a licitação”; Jundiaí, que aparece no site da J Coan como uma das cidades com quais há contrato, informou que “A prefeitura não possui mais contratos com a empresa. Em 2009, a administração analisou o contrato e não encontrou irregularidade”.
MP denuncia 35 envolvidos em cartel da merenda escolar
Investigação criminal durou quatro anos
Jornal Cruzeiro do Sul - Carlos Araújo - carlos.araujo@jcruzeiro.com.br
O Ministério Público apresentou denúncia (acusação formal) à Justiça contra o que denominou como o "cartel da merenda escolar", que atuou em todo o Estado de São Paulo e inclusive na região de Sorocaba, conforme informação do órgão. Segundo publicação do MP em seu site (www.mp.sp.gov.br), a acusação "imputou graves delitos a 35 pessoas". Entre os nomes citados pelo MP estão os empresários Valdomiro Francisco Coan e Geraldo João Coan, da J. Coan, empresa que mantém contrato com a Prefeitura de Sorocaba para o fornecimento de merenda escolar. O órgão do MP que ofereceu a acusação é o Grupo Especial de Combate aos Delitos Econômicos (Gedec).
O promotor de Justiça Orlando Bastos, de Sorocaba, informou que a J. Coan é objeto de investigação pelo MP no que diz respeito à qualidade da merenda e os termos do contrato que ela mantém com a Prefeitura. Deixou claro, no entanto, que até agora não há nada de "concreto", ou seja, não há não há indício de irregularidade envolvendo a empresa.
A reportagem perguntou ao MP se a inclusão de empresários da J. Coan na denúncia tem relação com contrato entre a empresa e a Prefeitura de Sorocaba, e o MP, por meio de sua assessoria de imprensa, respondeu: "A acusação oferecida pelo Gedec não abrange a licitação de Sorocaba, cuja apuração está afeta ao Gaeco (Grupo de Combate ao Crime Organizado) daquela região. O Gedec encaminhou cópia da denúncia ao Gaeco de Sorocaba para instruir a investigação daquele órgão. Destacamos que o cartel, de acordo com a denúncia, atuou em todo Estado de São Paulo, inclusive na região de Sorocaba."
A reportagem também entrou às 15h30 em contato com a sede da J. Coan, em Jundiaí, tentando ouvir os empresários e adiantando o assunto, e a informação recebida foi de que a assessoria de imprensa da empresa entraria em contato com o jornal. Até o fechamento desta edição o retorno não havia sido efetivado.
Prefeitura
Também sobre a J. Coan, a Prefeitura de Sorocaba, por meio de sua assessoria de imprensa, informou: "Não consta qualquer irregularidade no contrato firmado entre a Prefeitura e a referida empresa." A Secretaria da Administração (Sead) confirmou que a empresa J. Coan é prestadora de serviço ao município, responsável pelo fornecimento de merenda escolar a 188 mil alunos da rede pública municipal, servindo 195 mil refeições diárias.
Segundo a Secretaria de Negócios Jurídicos (SEJ), sempre que foi solicitada, a Prefeitura de Sorocaba forneceu documentos e informações necessários à investigação, especialmente cópias de contratos. Porém, nunca teve acesso a esses processos, pois encontravam-se sob sigilo por determinação do próprio MP.
Outros detalhes
Segundo o MP, a lista de denunciados inclui sete empresários e 20 executivos de empresas de fornecimento de merenda escolar, seis "testas de ferro", dois advogados, um funcionário público e um falsário de documentos fiscais. Além dos empresários da J. Coan, foram denunciados os empresários Eloíso Afonso Gomes Durães, da SP Alimentação; Marco Aurélio Ribeiro da Costa, da Sistal; Sérgio De Nadai e Fabricio Arouca De Nadai, da Convida, e Ignácio de Moraes Junior, da Nutriplus. A reportagem pediu os nomes de todos os 35 denunciados, mas o MP não divulgou com o argumento de que aguarda decisão judicial.
"Na exposição dos fatos criminosos os promotores de Justiça narram com detalhes como funcionava o esquema sofisticado do cartel, que contava com empresário líder, secretário, tesoureiro e pessoas responsáveis pela corrupção de funcionários públicos para fraudar concorrências públicas", descreve a informação publicada no site do MP. "Segundo a denúncia, os empresários utilizavam códigos para contabilizar os pagamentos ilícitos a funcionários públicos, inclusive de outros Estados, bem como de várias empresas "fantasmas" prestadores de serviços e fornecedores de hortifrúti."
O MP complementou: "O esquema tinha a participação de um escritório de advocacia, cuja função era blindar o patrimônio ilícito auferido pelos representantes da Geraldo J. Coan & Cia Ltda. Segundo os promotores, os advogados concorreram ativamente para criação de empresas fantasmas e auxiliaram ainda na movimentação financeira dos valores em suas contas bancárias." O órgão concluiu que, se aceita a denúncia pela Justiça, os acusados responderão pelas práticas dos crimes de formação de cartel, fraude à licitação, corrupção ativa e passiva, quadrilha e lavagem de dinheiro.
A "complexa acusação", segundo o MP, foi concluída depois de quase quatro anos de investigação criminal, que contou com apoio do Caex, órgão de apoio técnico do MP, do Centro de Apoio Operacional Cível e de Tutela Coletiva, da Polícia Civil (DPPC 4ª Delegacia Sobre Lavagem de Dinheiro), Secretaria Estadual da Fazenda, Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e Receita Federal.
Quinta-feira, 22 de março de 2012
Impasse
Merendeiras vão à Justiça e cobram pagamento de multas
A Tribuna Digital
As 200 merendeiras terceirizadas das escolas municipais de Bertioga e Guarujá deverão recorrer à Justiça para garantir a convenção coletiva da categoria. Elas cobram o pagamento de multa por parte da empresa Geraldo J. Coan.
O tema foi discutido em mesa-redonda realizada nesta quinta-feira na Gerência Regional do Trabalho (GRT), em Santos. No local, estiveram presentes os representantes da companhia e do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Refeições Coletivas (Sinterclub).
De acordo com o presidente do Sinterclub, Abenésio dos Santos, a discórdia está no pagamento de multa por desrespeito à convenção. “O atraso do pagamento de férias coletivas das merendeiras foi de 35 dias, enquanto a empresa sustenta que foi de apenas um dia”.
Diante do impasse, o sindicato decidiu levar a discussão à Justiça.
Além das férias, a mesa-redonda debateu também problemas referentes à cesta básica e à participação nos lucros ou resultados (PLR) que a empresa se comprometeu a resolver.
Quanto aos holerites não-fornecidos desde novembro, a empreiteira também ficou de distribuí-los brevemente às trabalhadoras e não mais atrasar a partir de agora.
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