QUANDO UM PAI NÃO CONSEGUE LEVAR SEU FILHO À ESCOLA, ESTÁ NA HORA DE MUDAR DE CIDADE OU DOS GOVERNANTES!
CONGESTIONAMENTO,DESRESPEITO DOS CAMINHÕES NA AV. SANTOS DUMONT IMPEDE MOTORISTAS DE TRAFEGAR NO JD. BOA ESPERANÇA NA MANHÃ DA SEXTA-FEIRA.
Fernanda Balbino - A Tribuna On-line
Um protesto de caminhoneiros na Rua Idalino Pinez (conhecida como Rua do Adubo), em Guarujá, agravou os congestionamentos que vem sendo frequentes há pelo menos um mês nas rodovias Cônego Domênico Rangoni (SP 055) e na SP 248. As duas estradas ligam as cidades de Cubatão e Guarujá e são importantes acessos aos terminais portuários da Margem Esquerda (Guarujá) do Porto de Santos.
Segundo a Ecovias, concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), a fila de veículos chegou a 13 quilômetros. Durante a tarde, a paralisação se estendeu entre os km 256 e km 248 da Rodovia Cônego Domênico Rangoni e, na sequência, do km 0 ao km 5 da Rodovia SP-248.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista (Sindicam), o protesto foi uma reação às constantes multas aplicadas a caminhoneiros que ficam presos nos congestionamentos nas regiões próximos aos terminais.
“A fila é grande e os caminhoneiros são obrigados a parar no acostamento. Aí, vem a Polícia Rodoviária e aplica multas de mais de R$ 500,00 e sete pontos na carteira”, destaca o diretor operacional do Sindicam, Fredy Aurelio.
Segundo o sindicalista, o problema é causado por três fatores. O primeiro é o fluxo ferroviário, que paralisa o trânsito quando as locomotivas atravessam as vias. O outro problema apontado é a obra da Avenida Perimetral da Margem Esquerda do Porto de Santos, que causa lentidão por conta das intervenções no tráfego.
Já o terceiro agravante descrito por Aurelio é a demora nas operações do terminal da Santos Brasil, o Tecon, localizado na Margem Esquerda. Segundo ele, o problema está na entrada dos caminhões que seguem para descarregar nos pátios da empresa.
Procurada pela Reportagem, a Santos Brasil informou que as operações em sua unidade seguem o ritmo normal e que a paralisação não afetou o acesso ao Tecon.
Problema recorrente
“O problema na Margem Esquerda acontece dia sim e outro também. E há muito tempo”, destaca o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Carga do Litoral Paulista (Sindisan), Marcelo Marques da Rocha.
Para o empresário, o ponto crucial é a falta de um plano alternativo para minimizar o impacto das obras da Perimetral, que vão continuar até o início do próximo ano. Ele cita a necessidade de desvios de rota ou a implantação de mão única em algumas vias.
Rocha afirma que reuniões foram realizadas pela Associação Comercial de Guarujá, mas nada foi colocado em prática. Já as reuniões do Comitê de Logística do Porto de Santos, criado para discutir assuntos de transporte no complexo, deixaram de surtir o efeito esperado.
Na próxima quarta-feira, às 15 horas, a Associação Comercial de Guarujá promoverá, em conjunto com a Prefeitura, uma reunião extraordinária do Comitê de Logística do Porto. A ideia é cobrar ações dos terminais e discutir com as empresas a ampliação de suas operações.
“Também falta autoridade portuária. A Docas não fiscaliza (o transporte ferroviário) e, quando multa, o valor é tão baixo que compensa mais pagar e manter uma locomotiva imensa se movendo do que fazer a coisa certa”, afirma.
O presidente do Sindisan explica que, devido à passagem dos trens que levam cargas aos terminais, há a paralisação do trânsito rodoviário.
A Codesp, estatal que administra o Porto de Santos, informou que o tempo de passagem permitido é alternado. São reservados sete minutos para trens, enquanto os dez seguintes são destinados ao fluxo rodoviário.
Sobre o que tem feito para reduzir os congestionamentos, a Autoridade Portuária afirmou que adota medidas de orientação em conjunto com a Diretoria de Trânsito de Guarujá. A estatal garante que tudo será resolvido com a conclusão da obra da Perimetral.
Segundo a diretora de Trânsito e Transporte de Guarujá, Quetlin Scalioni, o grande fluxo de caminhões que seguem em direção aos terminais e a falta de logística das empresas portuárias em receber a demanda são os problemas.
“Em alguns dias da semana, o movimento de caminhões com destino ao Porto é maior. Se não houver organização no número de veículos que irão operar, o congestionamento é inevitável”, disse Scalioni.
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