sexta-feira, 12 de abril de 2013

UM ANO PARA SÃO VICENTE TER CARA DE CIDADE!

“SÓ EM UM ANO QUE SÃO VICENTE VAI TER CARA DE CIDADE”
A AFIRMAÇÃO É DO PREFEITO VICENTINO, LUÍS CLAUDIO BILI, AO FAZER UM BALANÇO DOS ÚLTIMOS 100 DIAS DE GOVERNO


Na tarde de ontem (11), o prefeito de São Vicente, Luís Claudio Bili, recebeu a imprensa em uma coletiva para falar sobre as ações da Administração Municipal nos últimos 100 dias. O chefe do Executivo falou, principalmente, sobre o lixo e a saúde, setores mais afetados no início do atual governo.

Em sua avaliação, o prefeito acredita que ainda há muito que melhor na Cidade e que as ações só darão resultado em 2014. “Eu não gosto de falar desta maneira, mas é uma triste realidade. A cidade foi devastada. Vai demorar um pouco para ele ficar com cara de cidade e eu não tenho constrangimento em falar isso. Em acredito que, em um ano, se não houver uma melhoria considerável, nós vamos apresentar para vocês o que estará em andamento. Este ano ainda não dá para esperar muito da nossa gestão”, completa.

A valorização do funcionalismo público, reformas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s), a municipalização de parte do Hospital São José, ações no Pronto Socorro Central (Crei), redução em secretarias e a gestão efetiva sobre os problemas com a coleta de lixo e entulho estão entre as ações principais do governo nos primeiros 100 dias do ano.

Para o prefeito, administrar São Vicente está sendo muito mais difícil do que ele imaginava. “Muito mais. Eu fiz um grande favor para a sociedade vicentina e para a família do meu concorrente, porque o menino que concorreu comigo já tinha surtado. Com toda certeza, eu tinha que, anualmente, ganhar um presente pelo grande favor que eu fiz para a família dele”, garante.

Pedido de cassação
Bili também falou sobre o pedido de cassação feito pelo advogado Daniel da Silva Oliveira, presidente da subseção São Vicente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-São Vicente), que protocolou a solicitação na Câmara Municipal na última quarta-feira. “Posso rir?”, assim respondeu o prefeito ao ser questionado sobre o pedido.

“Não é o caso deste profissional, que precisa ser respeitado. Mas se eu for empregar todo mundo que quer falar mal de mil, eu não vou conseguir administrar. Estou oficializando ele para pedir o auxílio da OAB para investigar R$ 300 milhões que eles (antigo governo) deixaram para eu pagar e não deixaram dinheiro em conta. Acredito que ele (advogado) ou a Ordem vai nos ajudar a resgatar esse dinheiro ou por na cadeia, se necessário, quem levou esse dinheiro”, completa.

O prefeito garante que a solicitação de Oliveira não o preocupa e acredita que é perseguição política. “Não me preocupo. Ele tem que aparecer. Ele teve 200 votos na eleição retrasada e agora está tentando subir para 500. Ele foi o primeiro, mas não será o último. Tenho certeza que a Câmara terá um comportamento tranquilo diante disto”, comenta.

Já sobre um possível rompimento com a Termaq em outros contratos, o prefeito explica que sairá perdendo caso isto ocorra. “Por exemplo, a obra (habitacional) no Rio Branco, se eu romper o contrato agora eu saio perdendo, porque nós já pagamos mais do que eles fizeram. Nós vamos ter que ter muita habilidade administrativa para pressioná-los a tocar a obra, se não esse prejuízo fica por nossa conta”, explica.

Oposição
Questionado sobre os ataques ao governo através das redes sociais, Bili acredita que é uma troca saudável. “É lamentável quando as insinuações são levianas. Mas o Legislativo tem o seu papel. Eu quero governar com a oposição, é sadio. A minha relação com a Câmara é boa”, comenta.

E mantendo o seu papel de opositor ao governo anterior, após falar sobre vários problemas herdados das últimas administrações, Bili garante que nenhuma virtude foi deixada de herança. “Se nós caminharmos por ai, pode ter certeza que a gente não vai achar nenhuma virtude deixada pelo governo anterior. Falo isso com tristeza, gostaria que alguma coisa estivesse funcionando dignamente”, comenta.

A maior herança que Bili recebeu foi uma dívida de R$ 893 milhões. Mas, segundo o chefe do Executivo, os responsáveis pelo rombo serão responsabilizados. “Providências estão sendo tomadas. Vão ter que responder por isso”, finaliza.

Hospital São José
Questionado sobre como funcionará a parceria com a Irmandade que administra o Hospital São José, Bili explica que é importante para a Cidade que o equipamento esteja funcionando. “É um absurdo deixar um equipamento daquele devastado. Não dá para ter um hospital daquele porte no Centro da Cidade e 70% dele estar desativado. A parceria precisa ser duradoura. Enquanto existir São Vicente, o São José tem que funcionar”, reclama.

O chefe do Executivo vicentino acredita que os próximos administradores também precisarão enxergar a importância do hospital para a Cidade. “É lamentável que 350 mil habitantes não tenham um hospital digno. O Crei não pode ser considerado hospital para o número de habitantes que a cidade tem”, comenta. Já quanto ao Crei, Bili explica que o equipamento deve se tornar um Pronto Socorro Central para a cidade, após o Hospital São José estar em pleno funcionamento.

Mas e os recursos para o hospital, de onde virá? “Nós estamos batendo na porta tanto do Estado, quanto do Governo Federal. Alguns empresários também vêm contribuindo. Hoje (ontem) mesmo estive com um empresário e pedi a reforma da Ala C e da Ala D do hospital, locais que precisam ser restaurados”, responde.

O prefeito também fala sobre outros problemas enfrentados na área da Saúde que, segundo ele, é prioridade neste primeiro momento do governo. “A Saúde na Cidade ainda está na UTI, muito ainda precisa ser feito”, lamenta.

Lixo
Um dos principais problemas enfrentados pelo governo de Bili foi a coleta de lixo e entulho. Montanhas de lixo eram vistas pelas ruas da Cidade até que o prefeito decidiu rescindir o contrato com a prestadora do serviço, Termaq. Para ele, a única saída para o problema: “Era o único caminho. Hoje, a questão do lixo orgânico está praticamente resolvida, mas nós temos um problema sério ainda com a destinação dos resíduos sólidos e os restos de construção civil. Esperamos resolver isso a médio prazo”, completa.

Segundo o prefeito, a Prefeitura de São Vicente ainda carrega dívidas por conta da coleta de lixo. “Se juntarmos tudo, ainda devemos R$ 100 milhões só para esses serviços, entre a Termaq, a Cavo e a Lara (empresa do destino final do lixo, em Mauá)”, conta.

Habitação
A Prefeitura também enfrenta um sério problema na área de habitação. Há moradores desabrigados e alocados em próprios públicos reclamando das más condições dos locais. Mesmo assim, Bili admite que neste momento, não há recursos para aplicar em habitação. “Gostaria muito de ter recursos para projetos habitacionais, mas talvez só a médio ou longo prazo que o orçamento municipal poderá trabalhar nesta área. Nós apresentamos o nosso déficit ao Estado e ao Governo Federal, mas orçamento local nós não temos para encarar esse déficit de 27 mil moradias”, explica.

Fonte: Diario do Litoral

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