terça-feira, 21 de maio de 2013

A CASA DO LEGISLATIVO VAI DESABAR!


ADVOGADO SOLICITA CONTRATOS DA CÂMARA DE GUARUJÁ!
EM REQUERIMENTO, ADVOGADO PEDIU CÓPIAS DE CONTRATOS DA CASA SUPOSTAMENTE IRREGULARES. NO INÍCIO DO ANO, A CÂMARA EMPENHOU QUASE R$ 6 MILHÕES PARA MANTER-SE INFORMATIZADA.


Depois do vereador Valdemir Batista Santana, o Val (PSB), entrar com pedido administrativo na própria Câmara de Vereadores (onde atua) solicitando todos os contratos feitos pela Casa nas legislaturas atual e passada, agora, foi a vez do advogado Wellington Aparecido Matias Da Cal requerer os documentos. O pedido foi protocolado no último dia 8.

Da Cal se diz preocupado com as notícias de supostas irregularidades em contratos firmados entre a Câmara e empresas prestadoras de serviços e fornecedores diversos, entre eles os referentes a serviços de informática; os de reformas do prédio; os de acessibilidade a deficientes; reforma dos gabinetes, de taquigrafia; da garagem onde ficam os carros oficiais; da fornecedora dos arquivos deslizantes; mobiliário e outros.

Na semana passada, um requerimento pedindo cópia dos contratos foi lido em plenário pelo vereador Val e negado pela maioria dos parlamentares. Ele, então, fez um pedido administrativo, já atendido pelo presidente da Casa, vereador Marcelo Squassoni (PRB), que se diz tranquilo sobre a questão.

Em fevereiro deste ano, sob título “Esse Arquivo é um Luxo”, o Diário do Litoral já havia revelado que a Câmara de Guarujá havia empenhado R$ 385 mil – o equivalente a um bom apartamento no Centro da Cidade, próximo das praias de Pitangueiras e Astúrias – na compra e instalação de um sistema modular de arquivamento e armazenamento do almoxarifado da Casa.

A compra foi homologada e publicada no Diário Oficial do Município (DOM) de 22 de janeiro passado e a empresa vencedora foi a Mobiliare Móveis Corporativos, a mesma que, ano passado, mobiliou toda a nova sede do Legislativo, pela “bagatela” de R$ 2,6 milhões - 2/3 do que foi gasto nas obras de reforma do prédio do Legislativo, que fica na esquina da Rua Quintino Bocaiúva com a Avenida Leomil, no Centro, e que custou R$ 3,5 milhões.

Vale lembrar que o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) também havia acolhido representação do Ministério Público (MP) e suspendeu a licitação para aquisição de cinco carros para a Câmara, sob a suspeita de direcionamento na realização da licitação.

No início do ano, a Câmara empenhou quase R$ 6 milhões (5.721.902,40) para manter-se informatizada. Homologações neste sentido também foram publicadas no DOM e somaram-se aos empenhos passados, que ultrapassaram R$ 5 milhões, gastos com impressão, serviços de mão de obra, instalação de hardwares, softwares, suprimentos e manutenção.

O consórcio que vem vencendo os pregões é o Siello, formado pelas empresas Ello Office & Empreendimentos LTda EPP, que vem prestando serviços à Câmara desde 2008, e Simapi Comércio Importação e Exportação Ltda EPP, de Praia Grande, cujo capital inicial é R$ 120 mil – no mínimo teria que ser R$ 600 mil (10% do valor do contrato).

Neste ano, a Câmara protagonizou outra situação constrangedora em que praticamente a metade dos 39 funcionários de carreira da Casa recebia – entre salários e gratificações - valores acima de R$ 20 mil, alguns chegando a R$ 35 mil, o dobro do salário da prefeita Maria Antonieta de Brito (PMDB), que é de R$ 17,1 mil mensais.

Fonte: Diário do Litoral

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