segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

DENUNCIAS GRAVÍSSIMAS PELO SINDICATO DAS MERENDEIRAS!

MERENDEIRAS DE GUARUJÁ TÊM ASSEMBLEIA DE GREVE
PRESIDENTE DO SINDICATO QUESTIONA “A QUALIDADE DO SERVIÇO PRESTADO, DIANTE DOS VALORES EXORBITANTES DO CONTRATO”, AO QUAL NUNCA TEVE ACESSO, MESMO REQUERENDO CÓPIA À PREFEITURA.




ASSEMBLEIA ESTÁ ACONTECENDO NA ESCOLA DE SAMBA MOCIDADE SÃO MIGUEL

As 147 merendeiras da empresa Convida Refeições Denadai, que presta serviços terceirizados a escolas e creches municipais de Guarujá, têm assembleia de greve, às 7 horas desta segunda-feira (6).

Elas não receberam a segunda parcela do 13º salário nem o pagamento de multa correspondente a 50% do piso salarial de R$ 839, por causa de desrespeito ao acordo coletivo de trabalho.

Várias delas já paralisaram as atividades na quinta-feira, 2 de janeiro, o que motivou a prefeitura a notificar a empresa extrajudicialmente, na sexta-feira, cobrando “pronunciamento e providências em 48 horas”.

Assinado pelo secretário interino de educação, Juarez Mendes de Azevedo, o oficio exige comprovante de pagamento dos salários, do 13º, encargos trabalhistas e previdenciários.

O presidente do sindicato dos trabalhadores nas empresas de refeições coletivas da região (Sintercub), Abenésio dos Santos, convocou a assembleia com base na lei de greve.

Sindicato irá ao MTE, MPT e MPE

Após a assembleia, o sindicalista solicitará mesa-redonda à gerência regional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em Santos. E solicitará interferência do Ministério Público do Trabalho (MPT).

Abenésio também irá ao Ministério Público Estadual, no Guarujá, onde pedirá fiscalização do contrato entre a prefeitura e a empresa terceirizada.

Em reunião na prefeitura, em 26 de dezembro, o gerente comercial da empresa, Fernando Arouca De Nadai, disse que a administração municipal lhe deve R$ 2 milhões.

Segundo ele, essa dívida seria decorrente da diminuição do valor mensal do contrato de R$ 600 mil para R$ 400 mil, há dez meses, totalizando os R$ 2 milhões.

O presidente do sindicato questiona “a qualidade do serviço prestado, diante dos valores exorbitantes do contrato”, ao qual nunca teve acesso, mesmo requerendo cópia à prefeitura.

Abenésio apurou, por exemplo, que, em 2013, nunca foi servido peixe na merenda das crianças. Carne, só de vez em quando. A maioria das refeições teve o barato frango na chamada ‘mistura’.

Em dezembro, segundo denúncias que recebeu das merendeiras, teria sido servido apenas arroz, feijão e ovo. Muitas vezes, somente bolacha e suco industrializado de péssima qualidade.

Prefeitura fornece comida e empresa, a mão-de-obra. Pelo contrato, a prefeitura fornece a comida. A empresa banca a mão-de-obra, utensílios e manutenção. As merendeiras reivindicam vale-refeição porque os alimentos servidos são insuficientes.

O sindicato apurou que faltam filtros de água nas cozinhas. Na escola Paulo Freire, morreu um pombo, na caixa d’água, o que impediu seu consumo por vários dias.

Como a prefeitura demorou em fazer licitação de uma firma de limpeza da caixa, a diretora acabou pagando o serviço de seu próprio bolso. Só assim as crianças puderam beber água sem risco.

As condições de trabalho são péssimas, segundo Abenésio: “As cozinhas vivem desfalcadas, pois as merendeiras contraem tendinite e não são substituídas nos afastamentos”.

Quando será a assembleia: segunda-feira, 6 de janeiro, às 7 horas
Onde será a assembleia: Quadra da Escola de Samba Mocidade São Miguel
Rua Sílvio Rolin Gonçalves, 15 - Jardim São Miguel

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