MERENDEIRAS DE GUARUJÁ TÊM ASSEMBLEIA DE GREVE
PRESIDENTE DO SINDICATO QUESTIONA “A QUALIDADE DO SERVIÇO PRESTADO, DIANTE DOS VALORES EXORBITANTES DO CONTRATO”, AO QUAL NUNCA TEVE ACESSO, MESMO REQUERENDO CÓPIA À PREFEITURA.
PRESIDENTE DO SINDICATO QUESTIONA “A QUALIDADE DO SERVIÇO PRESTADO, DIANTE DOS VALORES EXORBITANTES DO CONTRATO”, AO QUAL NUNCA TEVE ACESSO, MESMO REQUERENDO CÓPIA À PREFEITURA.
ASSEMBLEIA ESTÁ ACONTECENDO NA ESCOLA DE SAMBA MOCIDADE SÃO MIGUEL
As 147 merendeiras da empresa Convida Refeições Denadai, que presta serviços terceirizados a escolas e creches municipais de Guarujá, têm assembleia de greve, às 7 horas desta segunda-feira (6).
Elas não receberam a segunda parcela do 13º salário nem o pagamento de multa correspondente a 50% do piso salarial de R$ 839, por causa de desrespeito ao acordo coletivo de trabalho.
Várias delas já paralisaram as atividades na quinta-feira, 2 de janeiro, o que motivou a prefeitura a notificar a empresa extrajudicialmente, na sexta-feira, cobrando “pronunciamento e providências em 48 horas”.
Assinado pelo secretário interino de educação, Juarez Mendes de Azevedo, o oficio exige comprovante de pagamento dos salários, do 13º, encargos trabalhistas e previdenciários.
O presidente do sindicato dos trabalhadores nas empresas de refeições coletivas da região (Sintercub), Abenésio dos Santos, convocou a assembleia com base na lei de greve.
Sindicato irá ao MTE, MPT e MPE
Após a assembleia, o sindicalista solicitará mesa-redonda à gerência regional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em Santos. E solicitará interferência do Ministério Público do Trabalho (MPT).
Abenésio também irá ao Ministério Público Estadual, no Guarujá, onde pedirá fiscalização do contrato entre a prefeitura e a empresa terceirizada.
Em reunião na prefeitura, em 26 de dezembro, o gerente comercial da empresa, Fernando Arouca De Nadai, disse que a administração municipal lhe deve R$ 2 milhões.
Segundo ele, essa dívida seria decorrente da diminuição do valor mensal do contrato de R$ 600 mil para R$ 400 mil, há dez meses, totalizando os R$ 2 milhões.
O presidente do sindicato questiona “a qualidade do serviço prestado, diante dos valores exorbitantes do contrato”, ao qual nunca teve acesso, mesmo requerendo cópia à prefeitura.
Abenésio apurou, por exemplo, que, em 2013, nunca foi servido peixe na merenda das crianças. Carne, só de vez em quando. A maioria das refeições teve o barato frango na chamada ‘mistura’.
Em dezembro, segundo denúncias que recebeu das merendeiras, teria sido servido apenas arroz, feijão e ovo. Muitas vezes, somente bolacha e suco industrializado de péssima qualidade.
Prefeitura fornece comida e empresa, a mão-de-obra. Pelo contrato, a prefeitura fornece a comida. A empresa banca a mão-de-obra, utensílios e manutenção. As merendeiras reivindicam vale-refeição porque os alimentos servidos são insuficientes.
O sindicato apurou que faltam filtros de água nas cozinhas. Na escola Paulo Freire, morreu um pombo, na caixa d’água, o que impediu seu consumo por vários dias.
Como a prefeitura demorou em fazer licitação de uma firma de limpeza da caixa, a diretora acabou pagando o serviço de seu próprio bolso. Só assim as crianças puderam beber água sem risco.
As condições de trabalho são péssimas, segundo Abenésio: “As cozinhas vivem desfalcadas, pois as merendeiras contraem tendinite e não são substituídas nos afastamentos”.
Quando será a assembleia: segunda-feira, 6 de janeiro, às 7 horas
Onde será a assembleia: Quadra da Escola de Samba Mocidade São Miguel
Rua Sílvio Rolin Gonçalves, 15 - Jardim São Miguel
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