MOTORISTAS DA TRANSLITORAL RECLAMAM DA FALTA DE MANUTENÇÃO DA FROTA!
A maioria dos 160 ônibus da Translitoral, que faz o transporte coletivo em Guarujá, tem problemas de manutenção. Mesmo assim, a frota sai diariamente às ruas, comprometendo a segurança no trânsito.
A revelação foi feita e confirmada por vários motoristas da empresa, em assembleia do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Santos e região, na noite de sexta-feira (21).
Eles se reuniram para acertar as reivindicações da campanha salarial da data-base de maio, mas a falta de condições dos veículos foi o assunto preferido pelos oradores.
Os profissionais reclamam que são punidos ao recusarem o trabalho nos carros com falta de buzina e, mais grave, com o ‘espigão corrido’, que é o veículo torto, por defeitos nos feixes de mola da suspensão.
Esse problema tira a perspectiva de manobra do motorista, possibilitando que o ônibus bata involuntariamente nos veículos e pessoas à sua volta, na parte traseira.
Outros problemas são campainhas quebradas para solicitação de parada pelos usuários e luzes externas, de pisca e de painel queimadas. Segundo eles, há demora nos reparos.
A categoria pondera que técnicos da diretoria de trânsito da prefeitura de Guarujá, teoricamente responsáveis por fiscalizar as condições dos coletivos, sequer aparecem na garagem.
Acidentes
Os motoristas reclamam ainda que são obrigados a pagar prejuízos causados nos ônibus e em veículos de terceiros, por acidentes, mesmo não sendo culpados.
Isso, segundo eles, acontece porque a Translitoral prefere acionar o seguro, em vez de responsabilizar os causadores das batidas provocadas não pelos motoristas da empresa.
O seguro, por sua vez, também acha mais cômodo que a empresa desconte dos trabalhadores os danos por avarias do que processar judicialmente as questões.
O vice-presidente José Alberto Torres Simões ‘Betinho’ recomenda aos motoristas que procurem o jurídico do sindicato quando se sentirem prejudicados.
Segundo ele, a situação é mais grave quando os acidentes envolvem táxis, peruas escolares e veículos utilizados comercialmente, pois seus proprietários reclamam lucros cessantes.
Trânsito
Os motoristas reclamam ainda do que classificam de ‘trânsito caótico’ na cidade, causador de seguidos atrasos e infrações que a categoria acaba pagando por meio de multas e sanções administrativas.
Ao parar fora das pequenas bailas de pontos de passageiros, onde só cabe um ônibus, os motoristas recebem até suspensão. Da mesma forma, quando se atrasam diante de congestionamentos.
Reivindicações
Entre as reivindicações aprovadas na assembleia, estão a manutenção das cláusulas do acordo vigente, reposição salarial conforme a inflação dos 12 meses anteriores à data-base e aumento real no mesmo índice.
A incorporação do valor da dupla função de motorista e cobrador ao salário, correspondente a 15% do vencimento mensal, é outra reivindicação.
Mais: aumento do vale-refeição de R$ 13 para R$ 20 cada, da cesta básica de R$ 82 para R$ 150, participação nos lucros ou resultados (plr) de 26% para 50% do salário-base e convênio médico familiar.
A jornada de trabalho de seis horas e o adicional por tempo de serviço também fazem parte da lista de reivindicações. A Translitoral tem cerca de 750 empregados e 160 ônibus.
Seletivos
Em assembleia na tarde de sábado (22), os empregados da viação Guaiúba, que opera os ônibus seletivos de Santos, também aprovaram as reivindicações para a mesma data-base.
A lista é igual à dos colegas da Translitoral, que pertence ao mesmo grupo Sobral, com destaque para mais duas camisas nos uniformes, além de uma já fornecida junto com uma calça.
Fonte: Assessoria de Imprensa do Sindicato
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