terça-feira, 21 de outubro de 2014

FALTA DE ÁGUA LEVA A PARA O GUARUJÁ.

FALTA DE ÁGUA LEVA A “VAQUINHA” POR CAMINHÃO-PIPA E FUGA PARA O GUARUJÁ.
AS CIDADES DO LITORAL PAULISTA FICARAM LOTADAS NO FINAL DE SEMANA. EM GUARUJÁ (BAIXADA SANTISTA), A OCUPAÇÃO DOS HOTÉIS JÁ ESTAVA EM QUASE 100% NA SEXTA (17), SEGUNDO A ASSOCIAÇÃO COMERCIAL.


A falta de água já leva moradores de São Paulo a fazer até uma vaquinha; entre vizinhos e, assim, garantir o abastecimento por meio de caminhões-pipa. Quem pôde sair buscou refúgio no litoral no fim de semana. O resultado foi um movimento típico de férias de verão, com tráfego lento nas estradas.

Chego à noite e nunca tem água. Está faltando todos os dias, diz Fátima Gonçalves, 38, que estuda recorrer ao caminhão-pipa para encher a caixa d'água na casa onde mora, no Jaraguá, na zona norte. Ela enfrenta o corte todos os dias a partir das 20h.

Moradores de diferentes regiões tentam reforçar o estoque como podem. A dona de casa Alessandra Ribeiro, 32, aproveita para guardar água durante a semana em Cidade Ademar, na zona sul, onde mora.

Encho balde, garrafas. Vale tudo. A água que usamos para lavar a roupa também lava o quintal, afirma.

Moradora do Jaçanã, Lindalva Maria Dias, 64, utiliza técnicas aprendidas na Paraíba para ter água

No Jaçanã, na zona norte, moradores se queixam que há três meses que a água é cortada entre as 21h e as 6h. Agora, já falta até durante o dia. A saída é economizar e reaproveitar o pouco que conseguem tirar da torneira.

A costureira Lindalva Maria Dias, 64, tem baldes por todos os cantos da casa, principalmente na cozinha.

Quando lava a louça ou as verduras, ela deixa uma bacia embaixo da torneira para aproveitar a água. O que cai aqui eu jogo no balde e depois uso para a descarga do vaso na sanitário.

Mas esse não é seu único método para enfrentar o problema. Também reutilizo a água da máquina de lavar. A primeira água, que sai mais suja, uso para lavar o quintal, e a segunda, mais limpa, uso para lavar outras roupas.

Até mesmo quem ainda não ficou sem água já adota medidas preventivas.

O engenheiro Pietro Verdile, 28, foi pego de surpresa nesta semana por um aviso no condomínio onde mora. No papel, o comunicado: Situação de risco; Verdile diz que o aviso deu certo: Todo mundo controlou.

Segundo a Sabesp, as queixas tiveram redução de 60% em comparação com o final de semana anterior (11 e 12/10). No Jaçanã, os casos foram causados por uma manutenção emergencial.

LITORAL

As cidades do litoral paulista ficaram lotadas no final de semana. Em Guarujá (Baixada Santista), a ocupação dos hotéis já estava em quase 100% na sexta (17), segundo a associação comercial. Em Ilhabela, foi o terceiro fim de semana consecutivo com lotação total nos hotéis e pousadas.

A vendedora Bruna de Moraes, 19, citou a escassez de água como um dos motivos para alugar, com mais 19 jovens de Jacareí (84 km da capital), uma casa para o fim de semana em Caraguatatuba.

O tempo médio de espera para a balsa entre São Sebastião e Ilhabela chegou a ultrapassar três horas no fim da tarde de domingo. Alguns supermercados chegaram a ter fila.

Muitos turistas resolveram estender o horário de voltar para casa. Foi o caso do advogado Alessandro Reis, 28, que passou o fim de semana em Caraguá. Vai ser inevitável pegar congestionamento, mas pelo menos curtimos o final de semana.

Fonte: Jornal Folha de São Paulo

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