JORNADAS DE ATÉ 17 HORAS NO CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO EM GUARUJÁ, RENDEM PROCESSO DE R$ 5 MILHÕES CONTRA AMBEV.
MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO, DECLAROU QUE HAVIA PROVAS DE
QUE FUNCIONÁRIOS DA AMBEV TRABALHARAM DE 15 A 17 HORAS EM UM CENTRO DE
DISTRIBUIÇÃO DA EMPRESA NO GUARUJÁ
A Ambev (Companhia de Bebidas das Américas) foi processada pelo Ministério Público do Trabalho sob a acusação de obrigar seus empregados a fazerem horas extras constantes, com jornadas de até 17 horas diárias.
De acordo com a legislação trabalhista, a jornada deve ser de, no máximo, dez horas (oito horas regulares e mais duas horas extras diárias).
Em nota, o Ministério Público do Trabalho afirma que começou a investigar a empresa em 2014, depois de receber uma denúncia anônima.
Os procuradores tiveram acesso a cartões de ponto de abril, maio, junho, julho e agosto do ano passado, entregues pela própria empresa. Neles, segundo o ministério, havia provas de que funcionários da Ambev trabalharam de 15 a 17 horas em um centro de distribuição da empresa no Guarujá.
Ainda segundo a nota do Ministério Público do Trabalho, a Ambev recebeu uma proposta de acordo para corrigir os horários de trabalho dos empregados, mas não aceitou.
O órgão agora entrou com ação para que as jornadas não ultrapassem as 10 horas e pede R$ 5 milhões em pagamento por danos morais.
Procurada, a empresa enviou uma nota em que afirma que ainda não foi oficialmente notificada e por isso não pode comentar a ação.
Ela acrescentou que conta com mais de 36 mil empregados no Brasil e que cumpre com todas as leis trabalhistas e preza pelo respeito aos seus funcionários.
A empresa também chama atenção aos inúmeros prêmios de gestão de pessoas que recebe a cada, que seriam um reflexo de um bom ambiente de trabalho.
Fonte: Jornal Folha de São Paulo
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