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terça-feira, 21 de maio de 2013

DONOS DE PORTOS FINANCIARAM POLÍTICOS!

DONOS DE PORTOS FINANCIARAM POLÍTICOS!
GRUPO DE 28 EMPRESAS E FAMÍLIAS QUE EXPLORAM PORTOS NO BRASIL INJETOU PELO MENOS R$ 121,5 MILHÕES EM CAMPANHAS ELEITORAIS.


Um grupo de 28 empresas e famílias que exploram portos no Brasil injetou pelo menos R$ 121,5 milhões em campanhas eleitorais e na direção de partidos políticos em apenas três anos, de 2010 a 2012.

As empresas tinham interesses diversos na discussão da Medida Provisória dos Portos, proposta de alteração das regras do setor apresentada pelo governo Dilma no fim de 2012 e aprovada no Congresso na semana passada.

Parte dessas companhias defendia desde o início as alterações por acreditar que abririam espaço para novos negócios. Entre elas estão nomes como Odebrecht, Triunfo e o grupo de Eike Batista.

Do outro lado estavam companhias como Santos Brasil e Libra Holding, operadoras de terminais que temiam perder espaço. Nos bastidores, as empresas tentaram inserir mudanças no texto quando perceberam que a medida seria aprovada.

Duas entidades operaram o lobby no Congresso: a ABTP, dos terminais portuários, e Abratec, dos terminais de contêineres. Os presidentes da ABTP, Wilen Manteli, e da Abratec, Sérgio Salomão, estiveram no Congresso e conversaram com parlamentares ao longo da votação.

Outro nome do lobby empresarial foi Richard Klien, sócio do grupo Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas, na Santos Brasil. A empresa administra o maior terminal de contêineres do país e registrou no ano passado uma receita de R$ 1,3 bilhão.

A Folha apurou que, nos dias que antecederam a votação da MP, Klien manteve conversas com líderes políticos em Brasília. Procurada, a assessoria do empresário não havia confirmado nem negado a informação até a conclusão desta edição.

Klien e seus familiares doaram R$ 3,6 milhões como pessoas físicas. Desse total, metade foi para o comando nacional do PMDB. Klien é antigo apoiador do senador José Sarney (PMDB-AP).

O grupo empresarial sob controle de Dantas, que inclui o banco Opportunity e a Agropecuária Santa Bárbara, doou mais R$ 3,9 milhões, 97,4% dos quais para a Direção Nacional do PT.

O maior doador do setor de portos foi o grupo Odebrecht, com R$ 66 milhões. O PT recebeu 36% desse volume, seguido por PSDB (28,5%) e PMDB (22%).

A Libra Holdings direcionou 57,5% de suas doações para o PSB, partido do ministro Leônidas Cristino (Secretaria Especial de Portos).

O valor doado pelo setor de portos nesses três anos equivale a tudo o que foi arrecadado pelos prefeitos eleitos de 26 capitais em 2008, em valores nominais.

O setor de planos de saúde doou, no ano de 2010, R$ 11,8 milhões por meio de 48 empresas, segundo estudo de pesquisadores da UFRJ e da USP.

OUTRO LADO
O presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), Wilen Manteli, afirmou à Folha que as doações não ajudaram no diálogo com o Congresso sobre a Medida Provisória dos Portos.

Segundo ele, as empresas ou seus sócios fazem repasses aos partidos de forma independente, sem discutir com a associação. "As doações são feitas pelas empresas. Isso está fechado a sete chaves. Nem sei como a turma faz isso. É algo que nunca discutimos."

A Santos Brasil afirmou, por meio da assessoria, que "não faz lobby e nunca atuou para derrubar ou mudar a MP". A empresa disse que considerou a medida positiva e "está pronta para aproveitar as oportunidades de negócio criadas pelo novo modelo portuário".

A Odebrecht afirmou, também por meio da assessoria, que "faz suas doações em prol da democracia e do desenvolvimento econômico e social do país" e classificou a medida como "um marco histórico no esforço do país para superar os entraves ao nosso desenvolvimento".

O grupo Libra disse que as doações de campanha da empresa e de acionistas foram registradas e feitas "em função da identificação com programas dos partidos e relacionamentos de longo prazo".

A empresa afirmou que é favorável à medida em "todos os seus aspectos que estimulam os investimentos e aumentam a concorrência".

Fonte: Folha de São Paulo


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

DANIEL DANTAS E A MP DOS PORTOS!

DANIEL DANTAS E SANTOS BRASIL, DOIS TUMORES NO PORTO DE GUARUJÁ!
RESPONSÁVEL DIRETA PELO IMPACTO NO TRÁFEGO DE CAMINHÕES, SANTOS BRASIL OFERECE MUITO POUCO AO GUARUJÁ PELOS TRANSTORNOS QUE PRODUZ.


GOVERNO ATRIBUI A DANTAS REAÇÃO À MP DOS PORTOS
Segundo o Palácio do Planalto, o empresário baiano, que controla a Santos Brasil, concessionária do maior porto brasileiro, estaria articulando a reação da Força Sindical, do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT/SP), ao projeto que abre o setor portuário a novos projetos privados; guerra envolve interesses bilionários, de grupos como Odebrecht e EBX, de Eike Batista; em carta ao 247, assessoria do empresário informa que ele jamais manteve qualquer contato com a Força Sindical.
FONTE 247 - 10 DE FEVEREIRO DE 2013

Uma guerra que envolve interesses bilionários está prestes a ser deflagrada. Com a Medida Provisória 595, o governo federal abre o setor portuário a investidores privados. No entanto, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT/SP) lidera um movimento para que ela seja vetada, alegando que a presidente Dilma Rousseff estaria entregando o setor portuário a grandes interesses privados.

Na coluna Panorama Político, do Globo, que é a que tem maior acesso ao Palácio do Planalto, há uma informação relevante. Na nota de abertura, assinada pela jornalista Simone Iglesias, que substitui Ilimar Franco, em férias, informa-se que o governo teria enxergado as digitais do polêmico empresário Daniel Dantas, do Opportunity, na reação que vem sendo organizada pela Força Sindical à MP. "Os trabalhadores não vão aceitar as propostas e a partir do carnaval a ideia é termos um processo de manifestações e paralisações que podem ser curtas ou longas", disse Paulinho. "A Dilma está entregando os portos brasileiros para as grandes empresas. Em nenhum lugar do planeta é assim"

Dantas é um dos controladores da Santos Brasil, que administra o terminal de contêineres de Santos, o maior do Brasil. Trata-se de uma concessão, adquirida no processo de privatização, e seus interesses são antagônicos aos de grandes grupos privados, como Odebrecht e EBX, de Eike Batista, que pretendem operar portos públicos em São Paulo e no Rio de Janeiro, sem ter adquirido concessões.

Pela lei atual, terminais privados, como os da Odebrecht e de Eike, só poderiam operar carga própria – e não de terceiros (o que seria privilégio dos terminais públicos, concedidos à iniciativa privada). Depois da MP, não haveria mais distinção, o que tem o apoio da senadora Kátia Abreu, presidente da Confederação Nacional da Agricultura. Ela diz que o novo modelo proposto na MP dos Portos representa um avanço, pois elimina a distinção entre movimentação de carga própria e carga de terceiros como elemento essencial à exploração das instalações portuárias autorizadas.

Em carta ao 247, a assessoria do grupo Opportunity informa que Dantas jamais manteve qualquer contato com a Força Sindical.


Leia, abaixo, a nota do Panorama Político:

Operação Daniel Dantas
          
O Planalto detectou as digitais de Daniel Dantas na reação contra a MP dos Portos. Controlador do Porto de Santos, Dantas teria articulado apoio da Força Sindical para alterar o projeto que quebra o monopólio dos concessionários de portos, abrindo o mercado. A medida atinge em cheio o empresário, assim como os trabalhadores de praticagem, ligados à central.