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quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

OPERAÇÃO LAVA-JATO AMEAÇA TÚNEL SUBMERSO SANTOS-GUARUJÁ.

OPERAÇÃO LAVA-JATO AMEAÇA TÚNEL SUBMERSO SANTOS-GUARUJÁ.

CONSÓRCIOS QUE DISPUTAM A OBRA TIVERAM A NOTA DE CRÉDITO REBAIXADA PELA AGÊNCIA FITCH OU ESTÃO EM OBSERVAÇÃO NEGATIVA PELA CLASSIFICADORA DE RISCO


O túnel submerso que ligará as cidades de Santos e Guarujá pode ser indiretamente impactado pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. Três dos quatro consórcios que disputam a obra são liderados por construtoras citadas na operação e que devem enfrentar dificuldade para acessar crédito no mercado. A obra está orçada em R$ 2 bilhões. As informações são do site Valor Econômico. O Diário do Litoral, dezembro do ano passado, também noticiou que empresas investigadas na operação da PF disputam túnel Santos-Guarujá.

Recentemente, algumas delas tiveram a nota de crédito rebaixada pela agência Fitch (OAS e Queiroz Galvão) ou estão em observação negativa pela classificadora de risco (Odebrecht e Andrade Gutierrez) devido à preocupação com os impactos das investigações nos negócios das empresas. A Constran, da UTC, é a única entre as citadas que não é monitorada pelo mercado.

A licitação, deflagrada antes do estouro da Lava-Jato, é conduzida pela Desenvolvimento Rodoviário (Dersa), estatal ligada ao governo do Estado de São Paulo. As propostas comerciais serão apresentadas no dia 2 de fevereiro. Ganhará quem oferecer o menor preço.

Os consórcios são integrados por empresas estrangeiras com experiência em construção de túneis imersos em ambientes portuários – inédito no Brasil. São eles: ISG Interligação Santos-Guarujá (Andrade Gutierrez, Daewoo e CR Almeida); Nova Travessia (Constran, Ing. E. Mantovani e Piacentini Tecenge do Brasil); Túnel Santos-Guarujá (Odebrecht, Queiroz Galvão, OAS e Strukton); e Sigma (J.Malucelli Construtora de Obras, Grandi lavori e Salini Impregilo). O último é o único liderado por uma empreiteira brasileira que não foi citada na operação da PF.

O consórcio liderado pela Odebrecht é o que concentra mais empresas envolvidas na investigação da PF. A OAS está em dificuldade financeira e avalia a venda de ativos e até o pedido de recuperação judicial.

Procurada, a Odebrecht disse que não faz comentários sobre processos licitatórios em andamento e que “os negócios com participação da Odebrecht prosseguem normalmente”. As demais citadas na Lava-Jato não quiseram se manifestar.

Por conta do risco inerente a um empreendimento desse porte, a garantia da execução do túnel é a mais alta prevista na legislação: 10% do valor proposto pelo vencedor. Tem de ser depositada apenas pelo licitante vencedor após a homologação do resultado e previamente à assinatura do contrato. O contrato só pode ser assinado depois de comprovado o depósito.

Não há registros recentes, na Dersa, de fixação da garantia no patamar máximo. Em projetos anteriores, como Rodoanel Sul, Nova Marginal Tietê, Jacu-Pêssego Sul, Rodoanel Norte e Nova Tamoios, o percentual foi fixado em 5%.

Segundo o presidente da Dersa, Laurence Casagrande Lourenço, a exigência de garantia máxima não tem relação com a Lava-Jato. A indicação de que seria exigida a garantia máxima era conhecida já no meio do ano passado. “O edital é muito conservador no que tange a riscos existentes. Essa é uma obra típica de que o começo vai exigir mobilização forte de capital.”

Questionado se teme que o consórcio vencedor não consiga arcar com o investimento, Lourenço considera a hipótese pouco provável. “As regras da licitação fazem com que dificuldades financeiras de eventuais licitantes diminuam sensivelmente sua competitividade no certame. Por isso, não considero impossível a hipótese que, até o final da licitação, algum licitante em situação menos favorável decida não continuar no páreo.”

Para o diretor comercial da J. Malucelli, Celso Jacomel Junior, a exigência de garantia máxima é normal. “Temos percebido que tanto os órgãos e empresas públicas quanto as privadas querem maior segurança com relação ao comprometimento na entrega das obras licitadas. E por ser de alta complexidade, a lei permite que o percentual de garantia seja elevado, como acontece neste e em outros casos”.

Fonte: Conlicitação

quarta-feira, 26 de março de 2014

PADILHA COMPRA 150 MILHÕES DE VIAGRA DE EMPRESA INEXISTENTE!

“PADILHA, A PÍLULA AZUL E UM CONTRATO INVESTIGADO PELA POLÍCIA FEDERAL”
LABOGEN ASSINOU COM O MINISTÉRIO DA SAÚDE UM CONTRATO DE R$ 150 MILHÕES PARA O FORNECIMENTO DE CITRATO DE SILDENAFILA, O PRINCÍPIO ATIVO DO VIAGRA.A PF DESCOBRIU QUE ESSA “EMPRESA” NÃO TEM PLANTA INDUSTRIAL E QUE O REMÉDIO SERIA FABRICADO POR OUTRO LABORATÓRIO.


Guardem este nome: Labogen Química Fina e Biotecnologia. Segundo a Polícia Federal, trata-se de um dos braços do esquema de lavagem de dinheiro do doleiro Alberto Youssef, o mesmo que levou à prisão o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que colaborou com o rolo da refinaria de Pasadena.

Pois bem: essa tal Labogen assinou com o Ministério da Saúde um contrato de R$ 150 milhões para o fornecimento de citrato de sildenafila, o princípio ativo do Viagra. A PF descobriu que essa “empresa” não tem planta industrial e que o remédio seria fabricado por outro laboratório, ao qual a Lobogen repassaria 40% do contrato. Ou por outra: segundo a Polícia, a turma pagaria R$ 60 milhões pelo remédio e embolsaria nada menos de R$ 90 milhões. Uma  beleza!“Eles” estão começando a perder qualquer modéstia, né? 

Os escândalos subiram de patamar. Já começam na casa dos R$ 100 milhões. Leiam reportagem publicada na VEJA desta semana. Pré-candidato petista ao governo de São Paulo nas eleições deste ano, o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha é citado nominalmente no inquérito da Polícia Federal que investiga a rede de lavagem de dinheiro comandada pelo doleiro Alberto Youssef. 

Em um dos relatórios da Operação Lava-Jato, há ainda uma foto de Padilha ao lado de um homem que os investigadores apontam como laranja de Alberto Youssef, no ato de assinatura de um contrato que levou a investigação para dentro do Ministério da Saúde.

A imagem foi interceptada pelos agentes na caixa de e-mails de um dos investigados. O contrato foi assinado por Padilha com a Labogen Química Fina e Biotecnologia, uma empresa que, segundo a Polícia Federal, é tudo menos um laboratório farmacêutico, e ainda assim foi contemplada com uma parceria em que planejava receber 150 milhões de reais em vendas de remédios para o ministério. Um grande — e suspeitíssimo — negócio.

Pelo modelo de contratação adotado, o Ministério da Saúde escolhe empresas privadas dispostas a fazer parceria com laboratórios públicos para a produção de remédios. A Labogen, com sede em São Paulo, foi uma das escolhidas no ano passado para fornecer citrato de sildenafila, medicamento com o mesmo princípio ativo do famoso comprimido azul para disfunção erétil. 

O ministério informou que as empresas interessadas em firmar parcerias passam por um rigoroso processo de seleção e análise de capacidade técnica que envolve vários órgãos públicos. No papel, segundo o ministério, a situação da Labogen estava o.k.

No mundo real, a polícia concluiu que a Labogen não tem uma planta industrial e passa longe de ser uma companhia de porte, compatível com os valores milionários a ser recebidos do governo. Documentos juntados no inquérito mostram que, na verdade, os remédios seriam fabricados por um outro laboratório, de Goiás, ao qual a Labogen repassaria 40% do valor do contrato. 

Sem produzir um único comprimido, a empresa do doleiro pretendia faturar 90 milhões de reais. Os sócios da Labogen figuram como titulares de remessas milionárias para contas no exterior, operações que os investigadores dizem ser simuladas. A empresa tinha planos de ampliar a lista de remédios a ser fornecidos ao governo. Diz a PF: Pode-se estar diante, portanto, de mais uma ferramenta para sangria dos cofres públicos;.

sábado, 22 de março de 2014

ALEXANDRE PADILHA É CITADO EM INVESTIGAÇÃO DA OPERAÇÃO LAVA JATO!

POLÍCIA FEDERAL PÕE FOTO DE ALEXANDRE PADILHA NOS AUTOS DA OPERAÇÃO LAVA JATO
EX-MINISTRO DA SAÚDE É CITADO EM TROCA DE E-MAILS DE ORGANIZAÇÃO QUE VISAVA R$ 250 MILHÕES DA PASTA.


A Polícia Federal incluiu uma foto do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha nos autos da Operação Lava Jato – investigação sobre esquema de lavagem de dinheiro no montante de R$ 10 bilhões.

A foto ilustra trecho de relatório da PF que revela os movimentos do grupo do doleiro Alberto Youssef dentro do Ministério da Saúde.

A PF não faz nenhuma acusação a Padilha, pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PT, mas à página 134 do documento junta a foto em que ele aparece durante a assinatura de contrato no âmbito da Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP), criada pela Portaria 837/2012, para “melhoria do acesso da população a insumos estratégicos”.

Em 27 páginas de relatório, a PF aborda as relações de setores da Saúde com a empresa Labogen S/A Química Fina, cujo verdadeiro controlador seria Alberto Youssef, condenado no escândalo do Banestado, super esquema de remessa de US$ 30 bilhões para o exterior, nos anos 1990.

A PF sustenta que Youssef infiltrou-se na Saúde para conquistar contratos em favor da Labogen “com perspectivas de ganhos de R$ 250 milhões”. Nos negócios sob suspeita, a PF destaca assinatura do termo de compromisso para desenvolvimento, produção e fornecimento ao Ministério da Saúde do medicamento citrato de sildenafila, pelo valor de R$ 150 milhões.

A PF suspeita de “possível ajuste no âmbito do Ministério da Saúde no sentido de haver uma indicação para que a Labogen acordasse a participação em PDP em conjunto com uma das maiores indústrias farmacêuticas do Brasil”.

No dia 2 de maio de 2013, a PF captou e-mail em que um integrante da organização recomenda aos empresários da Labogen que apaguem e-mail em que é tratado o acordo. “As citações que foram feitas derrubam nosso projeto.”

Ao inserir a foto de Padilha nos autos da Lava Jato, a PF faz menção ao ofício 238/2013, de 6 de setembro do ano passado, enviado pela Diretoria do Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde (Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério) para o empresário Leonardo Meirelles, diretor-presidente da Labogen.
A correspondência da Saúde destaca que “o intuito” é avaliar a planta produtiva da Labogen “e verificar a viabilidade deste laboratório em atuar em Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo”.

Por meio do ofício 238/2013, a Pasta da Saúde solicita “agendamento de visita técnica na unidade fabril desta empresa em 20 de setembro de 2013, das 14h30 às 17h30”.

Nadja Naira Valente Mayrink Bisinoti, que subscreve o documento da Saúde, “solicita a gentileza de prepararem as documentações pertinentes para que a avaliação seja adequadamente executada”.

No dia 9 de setembro, a PF interceptou e-mail no qual Leonardo Meirelles convoca seus parceiros da Labogen e revela seus planos para a visita dos técnicos do Ministério. “Vou fazer um orçamento enxuto e objetivo prá eles: precisamos de x mil reais para terminar tudo em uma semana e nós não temos dinheiro. É hora de abrir o jogo. Se precisar eu boto o capacete e o macacão e caio prá dentro da obra tb!!!”

Ao final da mensagem, ele dá o tom da empreitada na Saúde. “Retroceder nunca, render-se jamais!!!”

À página 133 do relatório, a PF faz menção a um e-mail de Meirelles para seu colega Pedro Argese, “por meio do qual encaminha foto possivelmente do momento da assinatura de um dos PDP com o ministro da Saúde, ao lado de autoridades da Marinha e do ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha”.

A PF interceptou telefonema de Pedro Argese para Alberto Youssef. O empresário agradece o doleiro. “Foi ótimo, mandei uma foto pra você da assinatura ai do “PDP”. Nós marcamos um início de uma nova vida aí agora.”

Youssef respondeu: “Um puta gol né meu. Fizeram um puta gol.”

Argese prosseguiu. “Graças a Deus. E a todos que confiaram e a você né Beto que acredito, porque não é fácil não. Pra quem é de fora do mercado acredita não é fácil.”

Youssef devolveu. “Não é não. Não, é acredita e ir lá busca né… fazer os cara vê nosso jogo né…”

A foto do ex-ministro da Saúde antecede o pedido da PF à Justiça Federal para buscas em onze endereços residenciais e comerciais dos investigados, entre eles o ex-executivo da Petrobrás, Paulo Roberto Costa – na casa dele, a PF apreendeu US$ 181.485, R$ 751.400 e 10.850 euros em dinheiro vivo.

O ex-ministro Alexandre Padilha não retornou contato da reportagem para falar sobre o fato de a PF ter incluído uma foto sua nos autos da Operação Lava Jato. Nem respondeu se conhece os empresários da Labogen e o doleiro Alberto Youssef.

No início da semana, quando a PF deflagrou a Lava Jato, o Ministério da Saúde informou que não havia sido comunicado da operação policial.  Segundo a pasta, o acordo entre a Labogen e outros laboratórios trará economia, em 5 anos, de R$ 29,8 milhões e seguiu “rigorosos critérios técnicos”, com o aval de comissões do ministério, BNDES, Anvisa e outros órgãos.

Segundo o Ministério da Saúde, o processo de escolha (da Labogen) foi transparente, numa reunião do Comitê de Competitividade e grupo executivo do Complexo Industrial da Saúde, em dezembro de 2013, com a participação de 250 pessoas”.

Fonte: D24AM