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GUARUJÁ ESTÁ SEM SERVIÇO DE TAPA-BURACO HÁ PELO MENOS TRÊS
MESES. COMO DESCULPA A PARALISAÇÃO DA USINA DE ASFALTO E COMO SEMPRE A TERRACOM DEVERÁ SER CONTRATADA A PREÇOS DE PORCELANATO.
Há pelo menos três meses, ruas e avenidas de Guarujá estão sem serviço de tapa-buraco. Interditada após acidente que matou um trabalhador, a única usina de asfalto da Cidade não tem previsão para ser reaberta. Enquanto isso, a Prefeitura, às pressas, realiza uma licitação para terceirizar o serviço e reativá-lo imediatamente.
A informação tornou-se pública depois que um internauta enviou imagens para A Tribuna On-line de um grande buraco aberto no asfalto da Avenida Adhermar de Barros, uma das mais movimentadas. Em resposta, a Secretaria de Operações Urbanas de Guarujá informou que o serviço estava temporariamente paralisado.
A usina de asfalto responde, quando em atividade, a 80% dos trabalhos de nivelamento de buracos abertos nas vias de Guarujá e Vicente de Carvalho. O restante, no entanto, é feito por uma companhia escolhida via licitação pública. Certame, este, que só se iniciou depois que o equipamento foi totalmente interditado.
Mas não foram nem a polícia, nem o o Corpo de Bombeiros que interditaram a usina. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o local só foi fechado na manhã do dia 18 junho, quando o operário João Alberto Nascimento, de 52 anos, morreu. E o isolamento ocorreu apenas para a realização da perícia, no mesmo período.
No mesmo dia, a diretoria da própria Comissão Interna de Prevenção de Acidentes da Prefeitura, a Cipa, ordenou a interdição. De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Operações Urbanas, "a Cipa solicitou uma série de intervenções com o objetivo de oferecer maior segurança aos trabalhadores que atuam ali".
Nesta sexta-feira, portanto, completam-se 99 dias que a Usina de Asfalto de Guarujá está fechada. Período em que não foi realizado nenhum serviço de tapa buraco nas vias asfaltadas da Cidade. Nos casos emergenciais, no entanto, o trabalho foi e será feito por empresas particulares parceiras da Prefeitura.
A previsão, porém, é de que na próxima terça-feira, dia 29, sejam abertas as propostas da licitação para a contratação de empresa especializada no serviço de tapa-buracos. "Vencida a burocracia legal, que é comum a concorrências públicas desta natureza, a empresa ganhadora do certame terá no máximo 15 dias para iniciar os trabalhos", afirmou a Prefeitura, em nota enviada para A Tribuna On-line.
O acidente
Em 18 de julho deste ano, o operário João Alberto Nascimento morreu depois de ficar prensado em uma máquina de triturar pedras para a produção de asfalto. Ele trabalhava havia três anos na usina de asfalto da Cidade, localizada em uma rua paralela à Avenida Santos Dumont. O homem tinha pelo menos 32 dedicados ao serviço público.
Na ocasião, o secretário de Operações Urbanas da Cidade, Averaldo Menezes de Almeida, disse que a vítima estava apoiada no equipamento, quando escorregou e caiu dentro dele. "Ele tinha uma experiência muito grande com a máquina, montava e desmontava", afirmou.
Fonte: Jornal A Tribuna