quarta-feira, 6 de agosto de 2014

PREFEITURA NÃO APRESENTA PROPOSTA AOS PROFESSORES!

PREFEITA CONTINUA ENROLANDO OS PROFESSORES DE GUARUJÁ!
AUMENTO DEVERÁ SER DECIDIDO DIA 19 PELA JUSTIÇA, QUE INTERMEDIARÁ PROPOSTA ENTRE PREFEITURA E SINDICATOS. O COMANDO DE GREVE SE REÚNE HOJE PARA TRAÇAR OS PRÓXIMOS PASSOS DO MOVIMENTO


Ainda não há acordo de reajuste para os servidores de Guarujá

Os cerca de seis mil servidores públicos de Guarujá, incluindo os 1.800 professores, ainda levarão um tempo para ver seus salários reajustados em seus holerites. Ontem, em reunião de mais de cinco horas, a Prefeitura repetiu a dose: não apresentou qualquer proposta aos dois sindicatos que representam as categorias — o dos Servidores Municipais de Guarujá (Sindserv) e o dos Professores de Escolas Públicas do Município de Guarujá e Região (Siproem).

O encontro foi a portas fechadas. O Governo Municipal não apresentou nada além dos 0,5% de reajuste e R$ 200,00 de abono, propostos anteriormente. Os professores, que permanecem em greve, reivindicam pelo menos a correção da inflação (5,82%). Dessa forma, nem a proposta de correção das tabelas salariais — consenso entre os dois sindicatos — avançou, o que vem causando insatisfação no funcionalismo.

O comando de greve se reúne hoje para traçar os próximos passos do movimento. Paralelamente, o professor Valter Batista, outros docentes e funcionários públicos conseguiram mais de 400 assinaturas em um abaixo-assinado para obrigar a presidente do Sindserv, Márcia Rute Daniel, a promover nos próximos dias uma nova assembleia extraordinária para iniciar uma renegociação com a Administração. Uma greve geral não está descartada. O documento já foi protocolado no Sindserv. “Espero que saiamos daqui com uma decisão, senão a situação ficará insustentável e aí quem decidirá será a categoria”, disse Márcia Rute, momentos antes do encontro, acenando para uma possível assembleia.

Às 15 horas, um grupo de professores fez vigília na primeira sessão ordinária da Câmara, para evitar a possível votação de qualquer projeto visando o reajuste que prejudicasse a categoria. A prefeita Maria Antonieta de Brito (PMDB) resolveu não encaminhar proposta, nem mesmo a acordada semana passada, em decisão a portas fechadas com o Sindserv, que se contentou com 0,5% de reajuste e um abono de R$ 200,00, contrariando posição dos educadores.


100 professores no Paço

Por volta das 19 horas, cerca de 100 professores se reuniram no estacionamento do Paço Municipal, para aguardar o resultado da primeira reunião entre a Administração, o Sindserv e o Siproem, cuja presidente, Joanice Gonçalves, por volta das 20 horas, aproveitou 15 minutos de intervalo para avisá-los que as negociações não haviam avançado.  

Na última segunda-feira (4), os educadores obtiveram uma vitória significativa na Justiça, quando reconquistaram o direito de greve, após o desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), Antônio Carlos Malheiros, rever a sua decisão anterior permitindo que 20% dos professores (360) mantenham-se paralisados em sistema de rodízio enquanto as negociações não avançam.

Além de permitir a continuidade da greve, o magistrado impediu que a Prefeitura encaminhasse à Câmara qualquer percentual de reajuste já que (os professores) não participaram do processo de discussão e formação do projeto de lei. Ele avisou a prefeita Maria Antonieta de Brito (PMDB) para não sancionar qualquer lei neste sentido, caso contrário terá que pagar R$ 100 mil de multa.

O desembargador ainda marcou uma audiência de conciliação para o próximo dia 19, às 15 horas, entre a Prefeitura e o Siproem, que havia ingressado mandado de segurança solicitando a suspensão da liminar que obrigou os professores a parar a greve.

Fonte: Diário do Litoral

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