domingo, 15 de setembro de 2013

FAMÍLIAS SERÃO DESAPROPRIADAS EM NOME DA COPA DO MUNDO 2014

A PREFEITA COPEIRA AGORA VAI DESAPROPRIAR MAIS DE 20 FAMÍLIAS, TUDO EM NOME DO FUTEBOL E DA COPA DO MUNDO 2014!
DESTINO DAS FAMÍLIAS É INCERTO, JÁ QUE O GOVERNO MUNICIPAL QUER PAGAR AQUELE GORDO ALUGUEL SOCIAL E INSERIR AS FAMÍLIAS NAS NOVÍSSIMAS HABITAÇÕES DO MINHA CASA, MEU SONHO EM GUARUJÁ.


PREFEITURA VAI DESAPROPRIAR ÁREA ONDE VIVEM FAMÍLIAS ATRÁS DO ESTÁDIO.
A saída das famílias se dará pelo Plano de Reurbanização do Estádio Municipal. O desejo da Prefeitura é usar o espaço dentro do plano de receber uma seleção para a Copa 2014.

Cabras, bode, galinhas, patos e animais soltos em uma área verde, que conta até com um pequeno lago de peixes. Parte desse cenário bucólico, no Jardim Primavera, em Guarujá, vai desaparecer. Mais do que acabar com a paisagem quase rural, uma ação da Prefeitura vai usar uma área onde moram oito famílias.

A saída das famílias se dará pelo Plano de Reurbanização do Estádio Municipal. O desejo da Prefeitura é usar o espaço dentro do plano de receber uma seleção para a Copa 2014.

Atrás do equipamento esportivo, será construída uma praça pública. A Administração Municipal informa que oito famílias serão realocadas, provisoriamente, para um local próximo. “E futuramente inseridas no programa Minha Casa Minha Vida”, diz a nota encaminhada ao Diário do Litoral.

É esse o ponto principal do problema. A Reportagem esteve ontem à tarde no local e constatou que há cerca de 20 famílias na área atrás do estádio. Ninguém sabe ao certo quem vai ter de deixar a área, onde alguns vivem há 20 anos.

Embarque ameaçado

Edson Correia é um dos antigos moradores. Ele trabalha como tripulante de navio e agora está receoso de embarcar para a temporada de verão pela incerteza quanto ao futuro de sua casa, que fica ao lado de outra, onde moram outros familiares.

“Ninguém sabe ao certo o que vai acontecer. Teve um rapaz da Secretaria de Obras que veio, falou algo a respeito de cadastro, passou algumas informações, mas parece que o projeto até já mudou”.

Correia diz não ser contra a realização de melhorias visando a Copa 2014, mas teme ser tirado do local, receber auxílio-aluguel por alguns meses e depois ser abandonado pelo Poder Público.

José Soares Conceição chegou ao bairro em 1979 e, no último dia 11, recebeu informe da Prefeitura para “demolir as construções irregulares sob pena de demolição”.

“Quando vim para cá, aqui era um matadouro de gente. Hoje, tem até um lago. O pessoal vem de outros lugares só para ver”, comenta Soares, insatisfeito com a falta de informações precisas sobre o futuro dos moradores.

Ao lado da casa dele, deixaram dois contêineres. A recomendação é para que os moradores coloquem móveis e objetos nos recipientes, mas eles resistem à ideia.

“Isso é alugado de firma. Eles vão pagar um mês ou dois, e depois?”, indaga o antigo morador.

Valdomiro de Queiroz, há 27 anos no local, reluta em sair do bairro. “Vão nos pagar aluguel até quando?”

Fonte: Jornal Diário do Litoral

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