FAVELAS CRESCEM RAPIDAMENTE EM GUARUJÁ
PASSADOS 15 DIAS DO INÍCIO DAS INVASÕES QUE TOMARAM CONTA DE
PARTE DE GUARUJÁ, JÁ SE PODE DIZER QUE A CIDADE CONTABILIZA CINCO NOVAS FAVELAS.
Passados 15 dias do início das invasões que tomaram conta de parte de Guarujá, já se pode dizer que a Cidade contabiliza cinco novas favelas e um novo cortiço.
As ocupações, como têm sido feitas, aparentam ser áreas consolidadas, com dezenas de casebres erguidos, ligações de luz, cercas, hortas, galinheiros, e, até mesmo, elementos decorativos.
“No meu caso, só falta a ligação de água. De resto, já está tudo certo. Trouxe TV, sofá, tapete, cama, as crianças...”, elenca a desempregada Sônia Barbosa, de 31 anos, que desde 29 de outubro está morando numa área de mangue à beira do Rio Santo Antonio – a exemplo de 200 pessoas.
Na última sexta-feira, o número de barracos chegava a 70 (42 a mais do que havia no início da semana). Todos já tinham numeração, espaço reservado para o quintal, calçamento (ainda que de forma improvisada) e moradores.
No Cantagalo, a mesma situação, só que num volume ainda maior. Lá, são mais de 400 pessoas residindo numa área de preservação ambiental repleta de árvores. “Aqui vai se chamar Vila Nova”, já dizem alguns moradores – embora outros defendam que o nome seja Rocinha.
Quanto ao número de barracos, já passa de 120. A quantidade tende a crescer, pois a vegetação densa que até então impedia a construção de mais casas já foi bastante devastada.
Situação bem parecida com a que ocorre em Morrinhos, bairro com maior número de áreas invadidas: quatro, incluindo-se as ruínas do Conjunto Vila do Sol, que viraram cortiços. A velocidade com que os barracos se multiplicam é tanta que duas invasões já viraram uma só, perto do centro comercial.
Explicações
A Prefeitura de Guarujá argumenta ter feito o que lhe cabia, ao lembrar que já obteve três liminares de reintegração de posse na Justiça. Nelas, se determina a imediata retirada dos invasores pela Polícia Militar.
A PM, no entanto, alega que esse tipo de operação demanda um minucioso e exaustivo planejamento, e o respeito à integridade física das pessoas envolvidas, o que requer tempo – não disse quanto.
Fonte: A Tribuna Digital
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