SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE GUARUJÁ CONTRATA MAIS UMA VEZ EMPRESAS ENVOLVIDA EM ESCÂNDALOS NACIONAIS!
PROPRIETÁRIO DA SIMMAR IMPORT FOI DENUNCIADO EM 2012. A EMPRESA TAMBÉM
É ENVOLVIDA EM SUSPEITAS DE CONLUIO. ESQUEMA DIVULGADO PELA “ISTO É” EM SÃO PAULO É SEMELHANTE AO
QUE ENVOLVE A PREFEITURA DE CASCAVEL NO PARANÁ.
REVISTA REPERCUTE DENÚNCIA CONTRA EMPRESAS INVESTIGADAS EM
CASCAVEL
Esquema divulgado pela “Isto É” é semelhante ao que envolve a prefeitura.
Empresas conhecidas do MP (Ministério Público), da PF (Polícia Federal) e do MPF (Ministério Público Federal) de Cascavel estampam as páginas da revista “Isto É” desta semana, que denuncia a máfia dos uniformes escolares na Prefeitura de São Paulo. A similaridade no esquema denunciado atravessa os estados com a participação das empresas Nilcatex Têxtil e da Diana Paolucci nas licitações, também em Cascavel.
A revista traz uma entrevista com Djalma Silva, ex-diretor-comercial da empresa Diana Paolucci. Ele conta à “Isto É” que em São Paulo existe um cartel coordenado por outra empresa, chamada Capricónio S/A. Por trás dela, superfaturamento no preço dos tênis e acerto de 4% no valor do contrato que seria pago a José Serra (PSDB), caso ele seja eleito prefeito de São Paulo.
Silva descreve que Eldo Umbelino Castelo, dono da Nilcatex - que esteve em Cascavel no início do ano -, comandou uma conversa no dia 8 de agosto em que é negociada a renovação de um contrato de R$ 140 milhões com a Conae (Coordenadoria dos Núcleos de Ação Educativa).
Dentre as semelhanças com o caso cascavelense é o suposto conluio entre as empresas e a sonegação de impostos com aquisição de produtos importados sem procedência. Denúncias que também são alvos de investigações em terras cascavelenses.
E a ligação de ambas com Cascavel vai além. A Nilcatex foi contratada duas vezes pela prefeitura e também forneceu os kits à empresa Giro Indústria e Comércio Ltda - a primeira contratada para entregar uniformes.
Já a Diana Paolucci participou da licitação feita em 2011 e teve suposto envolvimento indireto nos contratos assinados este ano. Isso porque a empresa que venceu a licitação dos tênis, a Simmar Import e Desenvolvimento Tecnológico, pertence a pessoas de mesma família. O proprietário da Simmar é Márcio Paolucci e a empresa também é envolvida em suspeitas de conluio.
A licitação do último contrato, feita no dia 30 de dezembro, chegou a ter o resultado antecipado por este jornal. Na véspera da abertura de envelopes, em 29 de dezembro, a reportagem registrou em cartório denúncia que anunciava que a Nilcatex seria a contratada e antecipava detalhes das pessoas e empresas que participaram do certame. O envolvimento da empresa Diana Paolucci com a Simmar também foi registrado em cartório. As denúncias se confirmaram no dia da abertura dos envelopes, com a Nilcatex e a Simmar sendo as vencedoras da disputa.
Encontro no hotel
Outra coincidência citada na revista e que também ocorreu em Cascavel é o local escolhido para discutir os negócios. Na capital paulista e na Capital do Oeste, representantes das empresas supostamente envolvidas no cartel se reuniram em um hotel às vésperas da licitação.
Em São Paulo, o local escolhido foi próximo à Conae, e em Cascavel a reunião foi em um tradicional hotel localizado na BR-277. Participaram do encontro representantes de parte das empresas que participaram na licitação do dia 30 de dezembro, entre eles o dono da Nilcatex, Eldo Umbelino Castelo.
A reunião em Cascavel faz parte do inquérito instaurado pelo MP, que constatou que os representantes das empresas se hospedaram no mesmo hotel, episódio configurado como um dos indícios de conluio. Considerando que a rede hoteleira de Cascavel é grande e que os representantes das empresas são de estados diferentes, a concentração de todos no mesmo hotel reforçou a suspeita.
Dentre as semelhanças com o caso cascavelense "é o suposto conluio entre as empresas e a sonegação de impostos com aquisição de produtos importados sem procedência." Denúncias que também são alvos de investigações em terras cascavelenses.
E a ligação de ambas com Cascavel vai além. A Nilcatex foi contratada duas vezes pela prefeitura e também forneceu os kits à empresa Giro Indústria e Comércio Ltda - a primeira contratada para entregar uniformes.
Já a Diana Paolucci participou da licitação feita em 2011 e teve suposto envolvimento indireto nos contratos assinados este ano. Isso porque a empresa que venceu a licitação dos tênis, a Simmar Import e Desenvolvimento Tecnológico, pertence a pessoas de mesma família. O proprietário da Simmar é Márcio Paolucci e a empresa também é envolvida em suspeitas de conluio.
A licitação do último contrato, feita no dia 30 de dezembro, chegou a ter o resultado antecipado por este jornal. Na véspera da abertura de envelopes, em 29 de dezembro, a reportagem registrou em cartório denúncia que anunciava que a Nilcatex seria a contratada e antecipava detalhes das pessoas e empresas que participaram do certame. O envolvimento da empresa Diana Paolucci com a Simmar também foi registrado em cartório. As denúncias se confirmaram no dia da abertura dos envelopes, com a Nilcatex e a Simmar sendo as vencedoras da disputa.
Baratter é acusado de ser o lobista do esquema
Nos dois inquéritos instaurados pelo MP (Ministério Público) para apurar as irregularidades dos uniformes escolares é investigada a existência de um lobista.
O nome dele é Mauro Judas Baratter, indiciado como responsável por atrair a empresa Giro para fechar negócio em Cascavel, ainda em 2010. Na maioria das oitivas feitas pelo MP é feito o questionamento sobre o envolvimento do lobista no esquema.
Em depoimento ao MP, o proprietário da Giro, Ronald de Luca, admitiu ser “muito amigo” de Baratter, o que aumenta a suspeita do lobby feito por ele entre a prefeitura e a Giro.
O lobista também foi citado pelo jornal “Folha de São Paulo” em novembro do ano passado, acusado de atuar em favor da Giro.
E a ligação de ambas com Cascavel vai além. A Nilcatex foi contratada duas vezes pela prefeitura e também forneceu os kits à empresa Giro Indústria e Comércio Ltda - a primeira contratada para entregar uniformes.
Fonte: O Paraná
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