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domingo, 13 de fevereiro de 2011

ENTREVISTAMOS "O CARA" !

NOSSAS TAINHAS ESPIÃS TIVERAM O GRANDE PRAZER E ORGULHO DE ENTREVISTAR "O CARA"!
Dr. FERNANDO ANTÔNIO JUSTO, ONCOLOGISTA, FOI NOSSO ENTREVISTADO DURANTE UM CAFÉ NO STAR SHOP.

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Na tarde da última sexta-feira, no Posto de Combustíveis Ipiranga (ex-Texaco), especificamente na Loja de Conveniência Star Shop, tivemos a honra e o prazer de conhecer melhor e pessoalmente um grande médico do Hospital Santo Amaro e do país, especialista na área de Oncologia, que trata a doença mais silenciosa e mortal do planeta, "o câncer".

Dr. Fernando Justo é Oncologista, formado pela Faculdade de Medicina do ABC em 1978, se especializou em Oncologia pela Fundação Antonio Prudente Hospital A.C.Camargo em 1982. Entre 1982 à 1996, foi médico titular do Departamento de Tórax do Hospital A.C.Camargo - Fundação Antonio Prudente. Atualmente é Membro da Sociedade Brasileira de Cancerologia e Responsável pelo Serviço de Oncologia do Hospital Santo Amaro do Guarujá desde 2004.

Muito simpático, Dr. Fernando respondeu pacientemente nossos questionamentos da saúde de Guarujá e principalmente do Hospital Santo Amaro.

Inconfidentes: Dr. Fernando inicialmente é uma honra conversar com um salvador de vidas e, nossa primeira pergunta é por que com um profissional como o senhor na cidade os pacientes com cancêr estão sendo removidos à São Paulo.
Dr. Fernando: Recentemente fiz uma denuncia que são os próprios médicos da rede pública municipal que fazem este direcionamento. "Não sei o motivo", admitiu. O problema é que isso pode ter conseqüências drásticas para o setor, que realiza mensalmente a média de 250 consultas, 25 cirurgias e 173 procedimentos quimioterápicos. "Se não houver demanda suficiente, o Governo do Estado pode fechar o serviço".

Inconfidentes: Dr. qual o motivo desta ação do Governo Maria de Brito, coincidentemente uma mulher que teve a doença e conseguiu curar-se, estão diminuindo os casos da doença em Guarujá?
Dr. Fernando: Claro que não, há cerca de um ano, este número de procedimentos era o mesmo. A diferença é que todos os pacientes eram de Guarujá. "Agora, cerca de 5% são de outros municípios". Temos especialistas em Oncologia Infantil para atender às crianças com câncer, porém não possuirmos pacientes. "Gostaríamos que Guarujá não tivesse crianças com esta doença, mas sabemos que não é isto o que acontece".

Inconfidentes: Dr. Fernando estou ficando nervoso, vou tomar uma agua gelada, infelizmente perdi minha mãe de cancêr de pulmão na Beneficência Portuguesa em Santos.
Dr. Fernando: Veja só, você comentou comigo que não conseguiu remove-la para Jáu ou Barretos, Centros de Referencia, mas em Guarujá, especificamente no Hospital Santo Amaro estamos operando e curando pessoas com essa modalidade da doença.

Inconfidentes: Porra Dr. Fernando (fiquei nervoso), explique o que realmente está acontecendo nessa questão do encaminhamento, principalmente do atendimento infantil.
Dr. Fernando: Há médicos que fazem encaminhamento de Cirurgias Oncológicas mas colocam outra denominação na guia do SUS. Uma cirurgia para a retirada de um tumor no pescoço, por exemplo, pode ser denominada de cirurgia de cabeça e pescoço, quando na verdade é Oncológica. "Para o paciente isso não muda nada, mas para o setor de Oncologia sim, pois isso entra nas estatísticas que vão para o Estado".

Inconfidentes: Dr. Fernando qual é o posicionamento desta administração, tendo em vista as denuncias já conhecidas por nós através de programas de televisão onde a Deputada Haifa Madi (PDT), vinha fazendo voz nesta situação.
Dr. Fernando: Em novembro do ano passado escutamos da Administração que "não tínhamos feito cirurgia naquele mês, quando na verdade foram realizadas várias. O problema era a denominação. Se não houver cirurgias, o Estado pode justificar que não há demanda para manter o serviço do SUS". Esse medo ficou maior desde o último dia 10, quando, ocorreu a reunião do Conselho Municipal de Saúde. "Fiquei sabendo que o secretário de Saúde na época (Marco Antônio Barbosa dos Reis) disse que o Unacon corria o risco de fechar. Os médicos precisam se conscientizar que quanto mais pacientes o serviço tiver, mais o hospital crescerá".

Inconfidentes: Dr. Fernando, recebemos denuncias na época que a intenção era transferir o atendimento do Unacon para a Praia Grande para favorecer uma instituição e o loby do Médico David Uip, que retorna ao Guarujá após o fiasco da compra do HSA.
Dr. Fernando: Também escutei mas não posso afirmar por questão de ética profissional. Na Praia Grande quem atua bem como em Bertioga é a Fundação ABC. O Unacon foi criado há dois anos por intermédio da deputada estadual Haifa Madi (PDT), que conseguiu que os pacientes deixassem de ir para Santos e São Paulo, as únicas opções na época. "O serviço precisa é ser ampliado, pois hoje ainda não há radioterapia", por falta de pequenos investimentos.

Inconfidentes: Inconfidentes: Dr. Fernando, vejo uma mobilização nacional para o Hospital do Cancêr em Barretos de artistas, políticos, moradores, qual motivo da população em Guarujá não ter a mesma motivação de outras cidades?.
Dr. Fernando: Talvez por questão de falta de informações sobre a real situação da saúde na cidade, e tranqüilamente por questões políticas. Diversas administrações arrasaram o maior patrimônio da cidade que é o Hospital Santo Amaro, e veja a situação que chegamos.

Inconfidentes: Dr., espero encontrá-lo somente para tomar café e falar da saúde, e conte conosco que seremos um grande alto-falante de informação da vergonha com que esta administração vem tratando a saúde do município.
Dr. Fernando: Vergara, agradeço muito seu envolvimento e lembre-se, a cidade precisa do HSA, e não de situações mirabolantes e experimentos que tentem fechar nosso hospital. É lamentável a perda de mais de 6 milhões de recursos do Governo Estado de São Paulo, por caprichos políticos deste governo. Temos espaço, estrutura, e precisamos aumentar o numero de leitos de UTI, principalmente os Pediátricos e Infantis. Obrigado pelo papo, e parabéns pelo seu trabalho a frente dos Inconfidentes....


domingo, 10 de outubro de 2010

DEUSES OU INCOMPETENTES?

POR QUE PESSOAS NA ADMINISTRAÇÃO MARIA DE BRITO PENSAM QUE SÃO DEUS?
RESPOSTA: COMO DEUS, ESTÃO ENVIANDO NOSSOS CIDADÃOS AO CÉU, AFINAL OS CEMITÉRIOS ESTÃO LOTADOS E O INFERNO RESERVADO A ELES!


SIMONE QUEIRÓS
JORNAL A TRIBUNA - 10/10/10

Duas pacientes de Guarujá tiveram que recorrer à Justiça para garantir direitos na área da saúde. Mas mesmo com as decisões em mãos, elas ainda não viram a concretização desses pedidos. Uma delas é Maria Raimunda da Silva, de 65 anos, que recorreu em nome da filha, Maria Isabel da Silva, de 47. Portadora de paralisia cerebral desde os 2 anos de idade, ela precisa de medicamentos contínuos e, segundo recomendação médica, de uma cadeira de rodas motorizada. Mesmo idosa, é Raimunda quem se encarrega dos banhos, alimentação e administração dos até 15 medicamentos diários de Isabel. Com a colaboração de amigos e ajuda do filho, que mora em outra cidade, a dona de casa conseguiu adquirir uma cama motorizada, a cadeira de rodas e um guincho para levantar Isabel, que pesa quase 80 quilos.

Porém, a cadeira quebrou há seis anos e desde então a filha não saiu mais da cama. Depois de muito correr, no ano passado Raimunda decidiu procurar um advogado para ajuizar uma ação não só para conseguir a cadeira de rodas, mas também os remédios de Isabel. "A liminar dos remédios veio em seguida, mas mesmo assim a Prefeitura atrasava. Já a cadeira de rodas foi concedida na sentença final", disse o advogado de Raimunda, Fabrício Martins da Silva. Conforme a sentença proferida em julho pelo juiz Ricardo Fernandes Pimenta, da 1ª Vara Cível de Guarujá, a cadeira de rodas deveria ser fornecida em até 30 dias, além dos medicamentos. "Mas esse prazo já passou e até agora nada foi feito", disse o advogado. Na sentença o juiz informa ainda que Isabel é "obesa e faz uso de fraldas e sonda, estando sob os cuidados de sua mãe idosa, que já não consegue empurrar a cadeira de rodas, comprometendo dessa forma sua locomoção".

CÂNCER

Já no caso de Maria da Glória Barbosa de Carvalho, de 46 anos, o problema é a falta de tratamento de iodoterapia para câncer. Tudo começou há cinco anos, quando Glória operou a tireóide no Hospital Santo Amaro (HSA). "A tireoide foi tirada parcialmente", conta a caseira Priscila Garrido, filha deGlória. Depois de seis meses ela começou a sentir dores de cabeça e, após consultar vários especialistas, foi feita uma biopsia do seu maxilar. "O mesmo médico que operou a tireóide retirou um pedaço do maxilar, o que prejudicou a mastigação da minha mãe.

Em seguida ele encaminhou ela para tratamento na Santa Casa de Santos". Ali, segundo Priscila, sua mãe ficou cinco anos fazendo quimio e radioterapia. "Só que o câncer começou a se espalhar, pois este não era o tratamento correto. O pior é que ninguém dizia ao certo onde era esse tumor e que tipo de câncer era". Este ano os familiares de Glória resolveram procurar novamente o HSA, onde, em agosto deste ano, um outro médico constatou que todo o problema vinha da tireoide. "Isso foi causado pelo pedaço da tireoide que ficou na primeira operação. Agora ela está com metástase. Ele pediu o tratamento de iodoterapia com urgência, mas não existe em Guarujá". Na busca pelo tratamento, Priscila descobriu que há pacientes esperando há mais de um ano na fila. "Foi então que decidi procurar a Justiça".

O advogado Sidnei Aranha entrou com pedido de liminar, concedida na última quarta-feira pelo juiz Fábio Taborda, da 4ª Vara Cível de Guarujá. Ele determina que a paciente seja internada em outro município no prazo de 48 horas, sob multa diária de R$ 5 mil e a possibilidade de responsabilização criminal. "O Sistema Único de Saúde manda que o município se responsabilize por encontrar outro local para o paciente", disse Aranha.

PREFEITURA

Sobre Glória, a Prefeitura informou que já está tomando providências para cumprir a lei. Já a respeito de Raimunda, a assessoria não deu retorno até o fechamento desta edição.